A cidade de Londrina prossegue com a campanha de vacinação contra o sarampo, iniciada no dia 10 de fevereiro. No último sábado (15), o município promoveu o Dia D, junto com as demais cidades do país, quando todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da zona urbana estiveram abertas para realizar a imunização.
A ação é voltada para as pessoas com idade entre cinco e 59 anos. Dentro dessa faixa etária, os jovens com 20 a 29 anos deverão tomar uma dose extra, mesmo que estejam com as vacinas em dia. Já os demais grupos têm seu histórico de vacinação analisado e, se necessário, recebem a dose que falta.
Segundo dados da SMS (Secretaria Municipal de Saúde), Londrina já imunizou, desde o início da campanha, cerca de 1.800 pessoas. O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, analisa que o Dia D foi positivo, embora o número de doses distribuídas contra o sarampo não tenha sido muito grande, porque foi possível atualizar a carteira vacinal de muitas pessoas que buscaram as unidades de saúde.
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A diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Sônia Fernandes, avalia que o Dia D foi muito produtivo em Londrina, por conta da atualização e verificação vacinal. Contudo, na faixa etária de 20 a 29 anos, que concentra a maioria dos casos positivos de sarampo no Paraná, foram distribuídas apenas 700 doses de um universo de aproximadamente 90 mil pessoas. "Nós precisamos fazer ainda muitas doses nesta faixa etária específica, lembrando que para as pessoas de 50 a 59 anos a vacina só estará disponível durante a campanha, ou seja, até o dia 13 de março”, frisou.
Sônia lembrou que o Ministério da Saúde já está chamando para a vacinação contra influenza. "Isso significa que a vacinação contra sarampo não será prorrogada, pois em março já estaremos trabalhando com a vacina contra a influenza”, afirmou. A diretora enfatizou ainda que a vacina é a única forma de prevenção efetiva contra a doença. "Todas as pessoas que entrarem em contato com este vírus e não tiverem a defesa prévia, que é facilmente adquirida pela vacina, com certeza terão a doença”, apontou.
Após ficar mais de 20 anos sem registros de sarampo, Londrina apresenta 21 notificações por suspeita da doença, computadas desde agosto de 2019, quando os novos casos passaram a ser observados. Destas, oito foram confirmadas, 12 descartadas e uma segue em investigação, com grandes chances de ser positivada.
Os sintomas da doença são: febre alta, forte indisposição, dores pelo corpo, manchas vermelhas em todo o corpo (exantema) e vermelhidão nos olhos, como conjuntivite. Também pode haver tosse, coriza e dor de garganta. Os sintomas aparecem de 10 a 14 dias após a exposição.