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Após denúncia

Londrina: hospital nega negligência em morte de adolescente

Guilherme Batista - Redação Bonde
21 out 2013 às 17:41

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- AEN/Arquivo
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O diretor-clínico do Hospital da Zona Sul (HZS) de Londrina, Aparecido Andrade, negou que houve negligência médica durante o atendimento da adolescente Carolyn Cauane da Silva Costa, de 15 anos. A jovem morreu na unidade na última sexta-feira (18), quatro dias depois de se acidentar na PR-445 e também ser encaminhada ao HZS com fortes dores, mas liberada sem a realização de exames, apenas com uma receita para remédio para dor.

"Não realizamos os testes por que a adolescente não apresentava sintomas que exigissem isso. Ela chegou ao hospital consciente, orientada e foi classificada como paciente de baixo risco. Não tinha sinais de qualquer fratura ou trauma. É por isso que foi atendida e liberada", argumentou o diretor em entrevista à rádio CBN Londrina.

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Carolyn morreu após sofrer três paradas cardiorrespiratórias. No dia de sua morte, segundo Andrade, ela passou por exames. "Ela chegou se queixando de dores na barriga, foi atendida pelo neurologista e por ter sido vítima de um acidente há poucos dias passou por uma avaliação. A adolescente sofreu a parada e morreu neste intervalo, enquanto analisávamos o resultado dos exames", explicou.

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O diretor-clínico disse que não vê relação entre o acidente sofrido pelo adolescente e o óbito dela.

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Familiares da garota contaram, ainda, que o médico responsável pelo atendimento não assinou o prontuário dela. O documento teria sido assinado pelo diretor-geral do HZS, Weber de Arruda Leite. "É normal isso acontecer em casos de urgência", confirmou Andrade.


Outra questão denunciada pelos familiares de Carolyn envolve a demora do Instituto Médico Legal (IML) em recolher o corpo da adolescente do hospital. Eles alegaram que os funcionários do HZS só avisaram o órgão depois das 21h da última sexta-feira, quase sete horas depois de o óbito ser constatado. "Não posso responder o que aconteceu, por que eu não sei. Provavelmente houve alguma falha de comunicação entre as duas partes", limitou-se a dizer o diretor.


A família da adolescente registrou um boletim de ocorrência contra o HZS. O caso também está sendo investigado pela Secretaria Estadual de Saúde.

O laudo do IML, que aponta o que motivou a morte de Carolyn, está passando por análise em Curitiba. O exame ainda não foi liberado aos familiares da garota.


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