A Prefeitura de Londrina investiga dois médicos que utilizaram atestados para justificar ausências do trabalho, mas atenderam irregularmente, nas mesmas datas, em clínicas particulares da cidade ou em serviços de saúde de outros municípios. As irregularidades vieram à tona após a Corregedoria-Geral do Município iniciar um levantamento sobre a conduta dos profissionais e instaurar processo administrativo disciplinar para puni-los. Se comprovada, a situação poderá render a demissão dos profissionais. As identidades não foram divulgadas.
De acordo com o corregedor-geral, Alexandre Trannin, nos dois casos os médicos apresentaram atestados para afastamento de funções no município, onde atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas trabalharam em outros unidades. "As investigações apontaram que em um dos casos o médico apresentou 84 atestados médicos e supostamente permaneceu trabalhando por 34 dias em outros locais. No segundo caso, o médico apresentou licença médica de vários meses, porém teria trabalhado 53 dias, durante este período, em outros serviços."
Agora, os médicos investigados têm prazo para apresentação de defesa para análise da corregedoria. Ao fim do processo administrativo, deverão ser arbitradas sanções para cada caso. "As penalidades previstas variam desde advertência a demissão. Isso tudo dependerá dos elementos de defesa apresentados no decorrer do processo", explica Trannin.
Leia mais:
Sesa reforça gratuidade dos serviços ofertados pelo SUS
Nísia Trindade descumpre promessa de disponibilizar medicamentos de câncer de mama no SUS
Estudo mostra correlação entre perda de músculo e maior risco de demência
Novos planos de saúde poderão ser cancelados com duas mensalidades atrasadas
O prazo legal para a conclusão dos processos é de no máximo 180 dias. Até que os trâmites sejam concluídos, os médicos permanecem trabalhando em suas funções no município.