Londrina registrou a décima segunda morte por gripe nesta semana, conforme boletim divulgado pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) na quarta-feira (29). De acordo com a assessoria da Sesa, a morte foi no dia 21 de agosto e trata-se de uma mulher de 57 anos, que apresentava fator de risco. "Ela não havia tomado a vacina da gripe e já tinha uma doença respiratória."
Em 11 de agosto, segundo a Sesa, a morte registrada em Rolândia foi de um homem de 79 anos. "Ele também não havia tomado a vacina e também tinha uma doença respiratória", afirmou a assessoria. Entre os óbitos por Influenza no Paraná, 87% apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação e 28% eram vacinados. E dos 75% que foram a óbito por Influenza que fizeram uso do antiviral, a média foi de três dias entre os primeiros sintomas e o início do tratamento, variando de 0 a 54 dias.
A 17ª Regional de Saúde Londrina contabiliza 58 casos e 16 óbitos desde janeiro deste ano. São 12 mortes em Londrina, uma em Assaí, uma em Florestópolis, uma em Ibiporã e outra em Rolândia. No Paraná, cem pessoas morreram de gripe neste ano. E de janeiro até quarta-feira (29), o estado registrou 590 casos da doença.
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Neste mesmo período do ano passado, 40 mortes foram registradas. E em 2016, o Paraná teve 231 óbitos. Segundo o diretor da 17ª Regional de Saúde de Londrina, José Carlos Moraes, as gripes no Paraná voltaram a crescer. "No entanto, existe um fenômeno interessante em relação aos óbitos. A grande maioria não tomou a vacina e estão no grupo de pacientes com doenças crônicas, ou seja, pessoas que deveriam estar protegidas, mas não estão. Entre os óbitos, 77% são homens, que procuram o médico tardiamente. Muitas vezes, alguém os leva ao médico quando apresentam complicações", explicou o diretor.