Entre julho e dezembro do ano passado foram soltos cerca de oito milhões de mosquitos Aedes aegypti machos estéreis no Mister Thomas, na zona leste de Londrina. O bairro foi escolhido pelo município para receber o projeto-piloto gratuito da empresa israelense Forrest. De acordo com a representante da instituição, os resultados indicaram uma redução de 85% nas larvas na localidade se comparado com outros lugares que não foram tratados.
“Tivemos uma redução muito grande de larvas do mosquito. Nesta tecnologia soltamos os mosquitos machos, porque eles não picam, somente as fêmeas. Quando o macho cruza com a fêmea, os ovos vão sair vazios, então, começamos a diminuir as larvas do mosquito que encontramos em água parada”, detalhou Bianca Piraccini, analista da empresa.
A especialista destacou que o período indicado para a continuidade de números satisfatórios é de, no mínimo, dois anos. “Foi assim que fizemos em Ortigueira (Centro), onde houve uma redução de muito mais de 90% dos casos de dengue. Chegamos na cidade e tinham mais de 100 casos de dengue e saímos de lá com quatro ou cinco casos”, citou. Ortigueira tem 24 mil habitantes.
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No caso de Londrina, com uma população de 555 mil pessoas, aplicar a tecnologia em grande escala demandaria de estudos sobre o número de moradores dos bairros, além de outras análises. “Precisamos ver como o bairro está na cidade, como estão os bairros em volta, se são regiões em fundos de vale, toda a estrutura do bairro para calcular o número de mosquitos.”
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