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Direitos Humanos

Mãe pede que hospital deixe filho de nove anos morrer

BBC Brasil
05 nov 2009 às 09:47

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A mãe de um menino que sofre de deficiências graves, mantido vivo por um respirador artificial, pediu que o hospital o deixe morrer naturalmente.

William Towsend, de nove anos de idade, sofre de paralisia total, é parcialmente cego, precisa de cuidados constantes e é alimentado por um tubo.

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Ele já esteve sob risco de morrer em várias ocasiões.

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Victoria Towsend, da região de Dorset, na Inglaterra, agora pediu aos médicos que revejam o tratamento, que custa quase R$ 1,5 milhão por ano.

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"Se for possível, eu realmente não gostaria que ele passasse por nenhuma outra cirurgia", disse Towsend, de 46 anos.


"Espero que William escolha a hora em que estiver pronto para nos deixar e tire essa decisão de nossas mãos."

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‘Muito doído’


O menino sofreu uma hemorragia cerebral quando tinha apenas três semanas de vida e ficou com lesões permanentes.

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Os médicos não acreditavam que ele sobreviveria, mas decidiram transferi-lo para outro hospital quando ele completou quatro anos de idade, a um custo de cerca de R$ 4 mil por dia.


Towsend acrescentou: "Ele nunca vai sair dos meus pensamentos, é muito doído, mas não quero mais que ele continue aprisionado em seu corpo".

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"William está estável mas têm múltiplas condições que o deixam incapacitado. Os médicos não sabem por quanto tempo ele vai viver, já que não há diagnóstico e, por conta disso, não há prognóstico."


Em 2004, Victoria Townsed criou a organização Breath On UK ("Continue Respirando Reino Unido", em tradução livre), para ajudar as famílias de crianças e jovens dependentes de respiradores artificiais.

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Nesta semana, um caso semelhante chamou a atenção da imprensa. Na segunda-feira, um pai iniciou uma batalha judicial contra um hospital na Suprema Corte, para que os médicos mantenham seu filho de um ano de idade vivo.


O menino sofre de síndrome miastênica congênita e tem dificuldades de respirar. O hospital quer desligar os aparelhos que mantém o menino vivo e conta com apoio da mãe.

O pai alega que o bebê não tem lesões cerebrais e consegue ver e ouvir os pais.


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