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Alerta médico

Mancha na unha também pode ser sinal de câncer de pele

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
09 mai 2019 às 10:56

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- Shutterstock
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Um relato recente da Miss Illinois, Karolina Jasko, chamou atenção da população mundial após uma entrevista concedida por ela à Fox News viralizar nas redes sociais. O motivo seria a descoberta de uma mancha preta embaixo da sua unha que foi diagnosticada como um melanoma, tipo agressivo de câncer de pele. Segundo a modelo, o tumor seria decorrente da ampla exposição ao longo dos anos à luz UVA de um aparelho utilizado para secar a cola durante a fixação de unhas postiças.


De acordo com Sheila Ferreira, oncologista do CPO (Centro Paulista de Oncologia - Grupo Oncoclínicas), a radiação ultravioleta é um fator de risco que aumenta as chances de desenvolvimento de câncer de pele, mas ela lembra que isso só ocorre em casos raros e diante de uma exposição exagerada e constante. "É importante lembrar que nem todas as pessoas que fazem uso do alongamento de unha terão esse tipo de problema, mas vale salientar que é preciso estar atento a todos os sinais de alteração que possam sugerir mudanças na coloração das unhas, principalmente com sinais em forma de linha", explica.

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Sheila conta que as manchas podem variar entre tons de marrom e cinza. "Muitas vezes pode ser apenas uma lesão benigna - como um hematoma ocasionado por um impacto ou ainda por uma infecção localizada -, mas que não deve ser desconsiderada em um possível diagnóstico de melanoma ou outro tipo de tumor de pele", reforça a médica.

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Os cânceres de pele são os mais incidentes no Brasil, representando cerca de 30% de todos os casos da doença – um número que chega a 180 mil novos casos por ano, segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer). O melanoma corresponde a 4% deste total, mas, apesar de ser um dos tipos de tumores que afetam o órgão com menor prevalência entre a população, é considerado o mais grave e com grande potencial metastático.

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"É preciso buscar aconselhamento médico especializado principalmente quando a mancha surge repentinamente, sem algum acontecimento relacionado que justifique. Para comprovar se aquela alteração representa de fato um melanoma da unha, é necessário realizar a biópsia" frisa a especialista.


Feito o diagnóstico da lesão cancerígena, é recomendável a ressecção cirúrgica da área. Considerando o tumor localizado entre a cutícula e a unha, o procedimento consiste na retirada de todo o tecido comprometido, podendo chegar até o osso. Em situações mais graves, pode ser necessária a amputação parcial ou completa do dedo.

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Em estágios mais avançados da doença, além da cirurgia, o tratamento pode envolver radioterapia e/ou uso de terapia-alvo ou mais raramente quimioterapia. Diversos estudos apontam boas respostas de pessoas diagnosticadas com melanoma à chamada imunoterapia, medicação que estimula o sistema imunológico do paciente, fazendo com que o próprio sistema de defesa do organismo passe a reconhecer e combater as células "estranhas".


"Os sintomas não devem ser ignorados, mesmo que não causem dor ou algum outro tipo de desconforto. O melanoma pode avançar para os nódulos linfáticos e levar ao surgimento de metástases no cérebro, fígado, ossos e pulmões. O diagnóstico precoce é fundamental para o combate ao câncer" finaliza a oncologista.

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Entenda o Melanoma e como identificar sintomas da doença


De acordo com Ferreira, esse tipo de tumor surge por conta do crescimento anormal dos chamados melanócitos, células que produzem a melanina, dando cor e pigmentação à pele. "Pessoas de pele clara, cabelos claros e sardas são mais propensas a desenvolver o câncer de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao sol, mais envelhecida ela fica. Evitar a exposição excessiva e constante aos raios solares sem a proteção adequada é a melhor medida – e isso vale desde a infância. Vale lembrar que, mesmo áreas não expostas diretamente ao sol e menos visíveis – como o couro cabeludo - podem apresentar manchas suspeitas", diz.


O câncer de pele melanoma é, na maioria das vezes, agressivo. "São geralmente casos que iniciam com pintas ou manchas escuras na pele, novas ou de nascença, que passam a apresentar modificações ao longo do tempo. As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o que qualificamos como ABCD- Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro", explica a especialista.

É importante a avaliação frequente de um especialista (dermatologistas) para acompanhamento das lesões cutâneas. A análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce. O dermatologista tem o papel de orientar uma proteção adequada.


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