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Máscaras de tecido são ineficientes na prevenção ao coronavírus, diz Anvisa

24 mar 2020 às 10:33

Circulam nas redes sociais diversas publicações sobre a produção caseira de máscaras para a prevenção do novo coronavírus. Garrafas plásticas, tecido e até lenços umedecidos têm sido usados para a confecção. Entretanto, a eficácia das máscaras caseiras não é comprovada e pode, em alguns casos, aumentar as chances de contágio do vírus.

De acordo com Philipe Bellinati, médico infectologista do Hospital Evangélico de Londrina, o uso das máscaras é recomendado para profissionais de saúde e para casos suspeitos ou confirmados da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. "Os profissionais da saúde devem sempre usar as máscaras N95, que possuem maior capacidade de filtração. Já os pacientes com sintomas respiratórios confirmados ou suspeitos para o novo coronavírus precisam usar a máscara comum, conhecida como máscara cirúrgica", detalha o especialista.


Quanto ao uso de máscaras de tecido ou de outros materiais caseiros, Bellinati explica que não existem evidências científicas que comprovem o desempenho. Por isso, o profissional recomenda: "O uso da máscara de tecido deve ser considerado apenas como último recurso para evitar a transmissão de gotículas de indivíduos infectados".


Em nota técnica divulgada, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) alerta: "Máscaras de tecido não são recomendadas, sob qualquer circunstância". Apesar da recomendação, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, orientou, durante coletiva, que as pessoas usem máscaras confeccionadas em tecido, o que tem confundido as pessoas.

*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.


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