Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade

Médicos cubanos lutam na Justiça por trabalho

Fabiana Cambricoli
Agência Estado
16 nov 2018 às 13:40
- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Pelo menos 150 médicos cubanos desertores do programa federal lutam na Justiça para poder clinicar no Brasil de forma independente, fora do acordo entre Brasil e Cuba, ganhando salário integral. Esse grupo de profissionais moveu ações contra o Ministério da Saúde, o governo cubano e a Organização Panamericana de Saúde (Opas), segundo o advogado André de Santana Corrêa, que defende os estrangeiros.

Ele diz que, com a decisão de Cuba de sair do Mais Médicos, mais profissionais devem tentar permanecer no Brasil. "Desde ontem (anteontem, quarta-feira, 14), recebi muitas ligações de interessados em entrar com processo para ficar no Brasil", afirmou.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


De acordo com o advogado, o principal argumento usado é o respeito ao princípio da isonomia. "Por que eles recebem um salário menor que os outros estrangeiros se fazem exatamente o mesmo trabalho que os outros médicos?", questionou o defensor.

Leia mais:

Imagem de destaque
29 mortes

Londrina: número de mortes por dengue nos cinco primeiros meses do ano é o mesmo de todo 2023

Imagem de destaque
Spikevax

Paraná recebe primeiro lote com 136.800 doses da vacina atualizada da Covid-19

Imagem de destaque
Efeito colateral

Rosto de Ozempic: saiba as principais causas e como tratar a flacidez facial

Imagem de destaque
Planejamento familiar

Laqueaduras e vasectomias no SUS dobraram no Paraná em 2023


Do total de ações movidas por ele, cinco já tiveram liminares favoráveis aos médicos. "O problema é que quando chega nas instâncias superiores, indeferem porque sabem que causaria colapso econômico ao governo ter que pagar o salário integral a todos os médicos", disse.


O cubano R. abandonou o programa em 2017 e foi um dos que entraram na Justiça para tentar trabalhar como médico fora do acordo de cooperação. "Não achava justo ficarmos apenas com 25% do salário. Além disso, casei com uma brasileira e tive um filho. Queria continuar aqui", disse ele, que hoje vive em um município da região Norte. Enquanto espera a resposta judicial, sobrevive com a renda de um pequeno comércio que montou na cidade com a esposa.

R. diz que, por ter abandonado o programa, é considerado um desertor pelo governo cubano e está impedido de entrar em seu país pelos próximos oito anos. "Tenho um filho lá e não posso visitá-lo nem tenho condições financeiras para trazê-lo", contou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade