Após o soluço registrado em fevereiro, mercado de planos de saúde médico-hospitalares volta a cair em março. O setor encerrou março com 47,6 milhões de beneficiários, o que representa uma retração de 0,1%. Os números integram a nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar com base nos dados da ANS que acabam de ser atualizados.
Na avaliação do superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, a queda já era esperada. "Não há qualquer indicação de que o mercado irá mudar a tendência e retomar o crescimento nos próximos meses. Enquanto a situação econômica do País não mudar e, principalmente, o saldo de empregos voltar a crescer, provavelmente não teremos aumento significativo no total de beneficiários", avalia.
Carneiro alerta, também, que os números de beneficiários devem ser analisados, sempre, com base na variação de 12 meses. "A variação mensal costuma ser imprecisa, pois além de ignorar comportamentos sazonais, os dados costumam ser corrigidos depois pela ANS", aponta.
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Em comparação ao mesmo mês do ano passado, o recuo foi de 2%, o que equivale ao rompimento de 978,2 mil vínculos. Apenas no Estado de São Paulo, 493,6 mil beneficiários deixaram de contar com o plano no período analisado, o que representa uma retração de 2,7%.
O Norte foi a única região do País a registrar aumento do total de beneficiários de planos de saúde. Entre março de 2017 e o mesmo mês do ano passado, a região registrou 3,7 mil novos vínculos, alta de 0,2%. O resultado foi impulsionado pelo mercado de planos de saúde no Estado do Amazonas, onde foram firmados 32,3 mil novos vínculos. Um acréscimo de 6,3%.
Planos odontológicos
Na contramão, o total de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos segue crescendo. Nos 12 meses encerrados em março deste ano, houve alta de 7,7%. O que representa 1,6 milhão de novos vínculos.
Destes, aproximadamente metade se concentra no Sudeste. A região registrou 821,4 mil novos vínculos, alta de 6,9%. Destes, 690,5 mil no Estado de São Paulo, um impulso de 9,9%.