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OMS alerta

Metade dos bebês não faz teste do olhinho

Redação Bonde com assessoria de imprensa
01 set 2015 às 13:54

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- Divulgação
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O Brasil tem 29 mil crianças cegas segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e este número pode crescer por falta de prevenção. Isso porque, a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) mostra que só 51,1% das crianças brasileiras com menos de 2 anos passaram pelo "teste do olhinho" ou exame do reflexo vermelho antes de completar o primeiro mês de vida.

A pesquisa também mostra que a falta de prevenção é ainda mais grave nas regiões norte e nordeste, onde respectivamente só 28,9% e 30,4% dos bebês passaram pelo exame. No sul
e sudeste do Brasil o exame é feito em 68,5% e 71,1% dos bebês, respectivamente.

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Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, os pais devem checar se o bebê passou pelo exame quando a mãe e o bebê recebem alta na maternidade. Ele destaca que o teste do olhinho permite diagnosticar as principais doenças que causam a perda da visão na infância e deve ser feito logo que o bebê nasce. Isso porque, explica, nos recém-nascidos os tecidos oculares estão em processo de amadurecimento e qualquer obstáculo visual nesta fase da vida pode se tornar um mal permanente.

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Como é feito
Queiroz Neto afirma que o exame é barato, rápido e indolor. É feito sem aplicar qualquer tipo de colírio numa sala escura com um oftalmoscópio, espécie de lanterna que possui lentes refletoras. Na falta do equipamento, o especialista diz pode ser feito até com uma lanterna comum nos hospitais que tenham falta do equipamento.


Consiste em mirar a uma distância de 30 cm a luz na pupila do bebê. Quando a luz produz um reflexo vermelho contínuo indica visão perfeita. Se o reflexo for esbranquiçado ou descontínuo
sinaliza doença ocular e a criança deve ser encaminhada a um oftalmologista.

Doenças e Tratamentos

O especialista diz que o reflexo esbranquiçado pode indicar retinoblastoma ou catarata congênita. O retinoblastoma é tumor ocular que representa uma urgência cirúrgica por colocar a vida do bebê em risco. A catarata congênita responde por 20% dos casos de cegueira infantil e deve ser operada o quanto antes para não comprometer o desenvolvimento da visão.

O médico esclarece que o reflexo descontínuo pode sinalizar alguma alteração no humor vítreo relacionada à presença de glaucoma congênito e exige tratamento cirúrgico. Quando o reflexo difere entre os olhos indica estrabismo que desencadeia ambliopia ou olho preguiçoso se não for tratado com a oclusão do olho de melhor visão para estimular o desenvolvimento do outro.

Doenças sistêmicas x visão do bebê

Queiroz Neto alerta que em recém-nascidos febre, manchas vermelhas no corpo, coriza, e conjuntivite podem estar relacionadas a doenças sistêmicas que indicam necessidade de consultar um oftalmologista. Isso porque, no bebê doenças como a rubéola, sarampo e meningite que apresentam estes sintomas podem prejudicar a visão definitivamente. Como identificar problemas de visão no bebê O oftalmologista alerta que o principal sinal de problema na visão do bebê é a falta de interesse pelo ambiente e pessoas. Sintomas como lacrimejamento constante, fotofobia (sensibilidade à luz), olhos com secreção, vermelhos,
acinzentados ou opacos indicam urgência em consultar um oftalmologista.


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