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Epidemia

Morador de Cambé morre vítima da gripe A

Carolina Avansini/Equipe Folha
29 out 2009 às 08:53

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- Reprodução
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Foi enterrado ontem em Cambé o mecânico aeronáutico Wellington Amaral Peixoto, 26, diagnosticado com a gripe A (H1N1). Conforme informações da assessoria de imprensa do Hospital Evangélico (HE), onde ele estava internado, ele morreu às 17h30 de anteontem, após passar 40 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O rapaz deu entrada no hospital no último dia 17 de setembro com suspeita da doença e no dia seguinte foi encaminhado à UTI, onde permaneceu em isolamento. A causa da morte foi uma insuficiência respiratória que levou a uma parada cardíaca.

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De acordo com a esposa do mecânico, antes de dar entrada no hospital ele teria sido atendido por outros dois médicos do ambulatório do plano de saúde do qual era conveniado, mas nenhum deles suspeitou da gripe A.

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Morador do Jardim Silvino, em Cambé, e funcionário de uma empresa que funciona no Aeroporto de Londrina, Peixoto começou a sentir os primeiros sintomas da gripe - febre alta, falta de ar, vômito e tosse com sangue - no dia 13 de setembro. No dia seguinte, de acordo com familiares, procurou o ambulatório e foi diagnosticado com ‘início de pneumonia’.

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Após ter sido medicado, voltou para casa mas não apresentou melhora, retornando ao serviço um dia depois. ‘Ele foi atendido por outro médico que disse que não era nada, suspendou o medicamento e receitou analgésico. Se já tivesse tomado o medicamento correto, não estaria morto’, desabafou a esposa.


Quatro dias depois do primeiro atendimento, procurou o Hospital Evangélico numa quinta-feira, quando foi internado e submeteu-se ao exame para diagnosticar a gripe A. Marli contou que o plano de saúde do marido ainda estava em carência, por isso, a família teve dificuldades para transferi-lo para o Sistema Único de Saúde (SUS).

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Alda Hayashi, gestora operacional do HE, negou que o hospital tivesse orientado os familiares do paciente a procurarem o PAM. Segundo ela, Peixoto foi atendido pelo convênio no Pronto Socorro. Como o serviço não cobria o internamento, foi dada à família a opção de internar pelo SUS ou pelo serviço particular.


‘Eles optaram pelo serviço particular e depois mudaram de ideia, por causa dos custos. O hospital não tem autonomia para fazer a transferência, foi preciso fazer um processo e enviar para a Secretaria de Saúde, que autorizou a transferência no dia seguinte’, justificou Alda.

Até a tarde de ontem, 272 casos de gripe A haviam sido confirmados em Londrina.


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