A Promotoria de Defesa da Saúde Pública de Londrina denunciou os suspeitos de terem mantido, desde 2004, um banco de ossos clandestino na cidade. O local irregular foi fechado pelo Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa) de Curitiba em setembro. São alvos da denúncia os irmãos Kléber Barroso Cavalca, de 42 anos, e Carlo Keith Barroso Cavalca, de 37 anos. Uma terceira pessoa, ainda não identificada pela polícia, também foi denunciada pelo Ministério Público (MP). O trio já havia sido indiciado pela Polícia Civil no dia 12 de setembro. "O inquérito policial traz provas muito contundentes de que o banco de ossos existiu de fato em Londrina", destacou o promotor de Defesa da Saúde, Paulo Tavares.
Os três acusados vão responder pelos crimes de guarda e comercialização de tecidos humanos. Se condenados, eles podem pegar até oito anos de prisão. "Eram pessoas que mantinham o banco de ossos sem nenhuma autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), do Sistema Nacional de Transplantes... De forma completamente irregular, mantinham os ossos e os comercializava, via Correios, com compradores espalhados por todo o país", argumentou Tavares.
O promotor pediu para que a Justiça envie cópias do processo para as cidades dos clientes do banco de ossos clandestino. "Eles também têm que ser penalizados e investigados por suas respectivas comarcas", observou.
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Segundo a polícia, os ossos foram vendidos para os estados de Minas Gerais, Pará, Mato Grosso, Santa Catarina e Goiás. O material custava cerca de R$ 250 e teria sido usado em procedimentos odontológicos.
As investigações por parte do Nucrisa começou em abril deste ano. Os irmãos Cavalca chegaram a ser presos durante a operação, mas foram soltos 15 dias depois.