A Promotoria de Proteção à Saúde Pública do Ministério Público do Paraná (MP-PR) terá um prazo de cinco dias úteis para decidir se oferece ou não denúncia à Justiça contra a médica Virgínia Helena de Souza Soares, de 56 anos, e outros quatro funcionários do Hospital Evangélico de Curitiba (três médicos e uma enfermeira). O inquérito policial do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), que investiga mortes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Geral da instituição, foi entregue ontem.
O MPPR informou que qualquer manifestação sobre o caso será feita após o término do prazo legal, na próxima segunda-feira. O caso completa duas semanas hoje, e a Polícia Civil ainda não se manifestou oficialmente sobre as investigações. Conforme a assessoria de imprensa, o órgão deve se pronunciar conjuntamente com o MPPR.
O inquérito, que corria sobre segredo de Justiça, a pedido da delegada do Nucrisa, Paula Brisola, teve o sigilo quebrado no dia 25 de fevereiro.
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A defesa da médica entrou com o pedido de habeas corpus no dia 1.º e, conforme o advogado criminalista Elias Mattar Assad, que defende Virgínia, a Justiça deve decidir sobre o pedido nesta quinta-feira (7).
Segundo o inquérito, as investigações do caso começaram há um ano, após denúncias de funcionários do próprio hospital. A médica foi indicada por homicídio qualificado, por não haver chance de defesa das vítimas. Virgínia chefiava a UTI Geral desde 2006 e está sendo investigada pela morte de seis pacientes, entre dezembro de 2011 e março de 2012.
Hospital - A assessoria do Hospital Evangélico informou que ainda não há data prevista para a reabertura da UTI Geral. A instituição está fazendo mudanças no local e negociando para contratar uma nova equipe de funcionários. (Com informações do repórter Rubens Chueire Jr., da Folha de Londrina).