Beth Warren e Warren Brewer estavam juntos há 8 anos quando ele foi diagnosticado com câncer no cérebro.
Na época, Warren assinou um documento autorizando a esposa a utilizar seu sêmen caso ele viesse a falecer.
A lei diz que esperma e óvulos devem ser armazenados por, no máximo, 55 anos, sendo a autorização renovada regularmente. No entanto, a Autoridade de Fertilização e Embriologia Humana (HFEA) afirma que no caso do casal isso não é possível e o prazo se estende somente até 2015, pois Brewer não poderia renovar a autorização.
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Apesar do que afirma a HFEA, a Justiça declarou válida a autorização até abril de 2023.
Liberdade
"Não tenho nem palavras para descrever minha felicidade. Até agora, eu não me permiti acreditar que tudo ia realmente dar certo, afirmou Beth, muito emocionada.
O luto foi o motivo pela qual a decisão de ser mãe foi atrasada. Segundo Beth, a época da morte de Warren foi muito turbulenta, pois havia perdido o irmão em um acidente semanas antes.
"Não tenho como decidir isso agora. Preciso de mais tempo para retomar minha vida. E pode ser que eu nunca decida fazer o tratamento para engravidar. Mas, quando eu sair do luto, quero ter a liberdade de decidir sobre isso", explicou.
Recurso
Apesar da decisão, a HFEA recorrerá.
Segundo o órgão, o caso pode acarretar muitos outros nos quais os desejos do doador não sejam explícitos.
A advogada de Beth rebate: "De acordo com o bom senso, é preciso dar tempo para que ela se recupere da perda do marido e do irmão e não forçá-la a tomar uma decisão tão importante neste estágio de sua vida".
(Com informações da BBC Brasil)