Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Sem relatos na literatura

Neuropediatra diz que casos de microcefalia indicam uma nova doença

Agência Brasil
25 nov 2015 às 09:18

Compartilhar notícia

- Divulgação
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Sem estudos em toda a literatura médica que relacionem a infecção de gestantes pelo vírus Zika com o nascimento de crianças com microcefalia, a neuropediatra Vanessa Van der Linden defende que os novos casos dessa deformidade no cérebro revelam uma nova doença, já que fogem do padrão conhecido. "Se é provocada pelo Zika ou por outro vírus, ou outro agente, não sabemos. O que posso dizer é que os casos não seguem o padrão que a gente vê nas outras pacientes que têm infecção congênita e filhos com microcefalia", explicou Vanessa, do Hospital Barão de Lucena, presidente da Associação de Assistência à Criança Deficiente do Recife.

Ela foi a primeira médica a buscar a Secretaria de Saúde de Pernambuco para alertar sobre o aumento do número de casos de crianças com o crânio menor que o normal. "Um dia, cheguei à UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e tinha três casos de crianças com a cabecinha assim, isso me deixou intrigada, normalmente a gente via uma a cada mês ou a cada dois meses", relatou. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de casos de microcefalia saltou de 147, em 2014, para 739 neste ano, a maioria (487) em Pernambuco.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade



A microcefalia é uma má-formação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. A neuropediatra esclarece que essa condição pode ter diversas causas, como agentes químicos e infecções por toxoplasmose ou pelo citomegalovírus. Cada causador provoca um quadro típico, como alteração na visão, na audição ou em outros órgãos. Segundo a médica, em muitos desses novos casos os recém-nascidos têm comprometimento do coração, "mas a amostra ainda é muito pequena para dizer que está relacionado à nova doença".

Leia mais:

Imagem de destaque
Análise

Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas

Imagem de destaque
Está sob cuidados

Presidente Lula fará procedimento endovascular nesta quinta

Imagem de destaque
Ministro da comunicação

Pimenta diz não ver necessidade por ora de afastamento de Lula da Presidência após cirurgia

Imagem de destaque
Balanço semanal

Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná


À medida que os casos foram chegando, a neuropediatra pedia exames para toxoplasmose e para citomegalovírus, e todos deram negativo. A especialista diz que recebeu informações de casos parecidos fora do Nordeste e que tudo deve ser bem investigado.

Publicidade


Vanessa participou nessa terça-feira (24) de um seminário para profissionais de saúde do Distrito Federal, em Brasília. Segundo ela, há casos de crianças com microcefalia que se desenvolvem, têm filhos, mas que em outros casos o bebê tem muitas convulsões e por isso pode não ter o desenvolvimento adequado.


A relação entre o aumento de casos de microcefalia e a presença do vírus Zika em gestantes foi cogitada mais fortemente há pouco mais de uma semana, quando o Laboratório de Flavivírus, do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio, constatou a presença do vírus em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia. Segundo o Ministério da Saúde, apesar de ser um resultado importante, os dados atuais não permitem confirmar a relação da infecção pelo Zika com a microcefalia. Essa correlação está sendo investigada em parceria pelo governo federal e os estaduais.

Os primeiros casos de Zica no Brasil foram registrados em maio de 2015.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo