Três norte-americanos, Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak, foram apontados como os ganhadores do Prêmio Nobel de Medicina de 2009, nesta segunda-feira (05). A distinção ocorreu graças a trabalhos desses pesquisadores, cujos estudos têm implicações na investigação do câncer e do envelhecimento de células.
Os laureados resolveram um problema na biologia: como os cromossomos podem ser "copiados de forma completa durante a divisão de células e como são protegidos da degradação", diz o comunicado do prêmio. O trio mostrou que a solução para isso deve ser encontrada nos extremos dos cromossomos - os telômeros - e em uma enzima que forma essas estruturas.
O prêmio anunciado hoje inclui 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,4 milhão), um diploma e um convite para a cerimônia de entrega de prêmios em Estocolmo, no dia 10 de dezembro. Os prêmios Nobel de Física, Química, Literatura e da Paz serão entregues nesta semana. O de Economia será anunciado em 12 de outubro.
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Elizabeth é bióloga molecular e bioquímica, responsável por importantes pesquisas sobre o DNA (ácido desoxirribonucléico) e a divisão celular, que deu origem a uma nova linha de investigação sobre as bases químicas da vida.
Carol Greider começou com sua orientadora, Elizabeth, a investigar como um certo organismo unicelular mantinha dezenas de milhares de "tampas" na ponta de seus minicromossomos - estruturas especializadas conhecidas como telômeros, que protegem contra danos ao DNA. Ela é doutora em biologia molecular e celular pela Universidade da Califórnia, Berkeley nomeada, em 1997, professora do Departamento de Biologia Molecular e Genética da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore.
Jack está desde 1979 na Escola de Medicina de Harvard, e atualmente leciona Genética no Hospital Geral de Boston. Também está ligado ao Instituto Médico Howard Hughes. Ele fez contribuições pioneiras no campo da genética. Estudou a origem e evolução primordial da vida por meio de esforços para projetar e sintetizar uma protocélula autorreplicante capaz de realizar a evolução darwiniana.