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Hemangiomas

Novas soluções ajudam a tratar tumores em crianças

Redação Bonde
09 ago 2010 às 16:09

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- Reprodução
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Uma doença que, até há alguns anos, pouco preocupava médicos e especialistas, está chamando a atenção e contando com o desenvolvimento de novos tratamentos e cuidados. Caracterizado por um tumor benigno dos vasos sanguíneos, o hemangioma é frequente em crianças (de três a cinco casos a cada cem nascimentos) e foi tratado, por muito tempo, como um problema de efeito passageiro, que desaparecia em pouco tempo. Entretanto, as sequelas, muitas vezes deixadas pela doença, motivaram o desenvolvimento de técnicas para remover ou minimizar os danos na vida adulta.

De acordo com o oncologista Marciano Anghinoni, do Centro de Oncologia do Paraná, a principal dificuldade para a definição da gravidade da doença é o fato de ela não ter um local específico. "Temos vasos sanguíneos por todo o corpo", diz o médico, "dessa forma, a doença também pode estar presente em qualquer vaso". Para ele, a gravidade do hemangioma depende, especialmente, de dois fatores: a localização e o tamanho do tumor – e como a doença pode atingir qualquer órgão, inclusive os músculos e ossos. Com isso os efeitos realmente não devem ser desconsiderados. Se não tratados de maneira correta, em tempo, os tumores podem deixar deformidades permanentes.

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Os hemangiomas de pele são facilmente detectáveis com um exame físico do médico. Eles são manchas avermelhadas, elevadas ou planas, conhecidas como "manchas de nascença". De acordo com o médico, as manchas não são dolorosas e atingem, principalmente, a região da cabeça e do pescoço. Já os hemangiomas internos causam sintomas variados, que dependem do órgão onde estão localizados. Sua descoberta é feita por meio de exames específicos. Anghinoni explica que o tumor pode se manifestar como uma dor abdominal, dificuldade para respirar, ou um comprometimento da visão, por exemplo, dependendo de qual for o seu local e tamanho.

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Mesmo não sendo considerado uma forma de câncer, por se tratar de um tumor benigno, o hemangioma oferece riscos, caso não tratado na infância. Apesar disso, a transformação para um tumor maligno pode ocorrer, embora isso seja raro. Anghinoni explica que, há algum tempo, a recomendação médica era de "observar e esperar". Hoje, essa postura diante da doença mudou e existem tratamentos, como a remoção cirúrgica do tumor, tratamento a laser, medicamentos, e a embolização, que é a obstrução dos vasos sanguíneos que nutrem o tumor.

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Convivendo com a doença


Apesar de ser uma doença frequente na infância, o hemangioma não acontece exclusivamente em crianças. A terapeuta holística Lucila Specian, de 27 anos, descobriu o tumor em sua perna direita aos 19, quando sentiu dores após apoiar peso sobre a coxa. Procurando uma resposta para seu caso, recebeu diversos diagnósticos errados – incluindo alguns de tumores malignos – antes de confirmar o hemangioma.


Em sua vida cotidiana, teve de substituir alguns hobbys, como a dança e os exercícios físicos de impacto, por opções mais amenas. "Não me curei do hemangioma, pois, além de ser um tipo raro da doença, ele se desenvolveu em volta da minha safena e preferi não extraí-lo por medo de que apareça outro no mesmo local", diz Lucila. Apesar disso, ela afirma que os tratamentos têm evoluído, com novos medicamentos e técnicas experimentais de sucesso. A terapeuta diz ainda que, por possuir um tipo raro de tumor, ela descobriu muito sobre a doença junto a seu médico vascular e seu oncologista, que sempre a alertaram sobre os riscos de sua condição.

O médico Marciano Anghinoni diz que a doença tem uma grande amplitude e que casos como o de Lucila são possíveis, ainda que em menor incidência do que em crianças. "Poderíamos falar sobre a doença por vinte páginas e ainda seria pouco para explicar o hemangioma" diz o oncologista. O que se sabe sobre o assunto, é que ele é levado mais à sério que antigamente. Muitos tumores desse tipo pequenos em adultos, que não provocam sintomas podem ser somente acompanhados, mas a conduta de antigamente, de apenas observar e esperar, para quase todos os hemangiomas, principalmente os da infância, definitivamente não é a melhor solução (com Lide Multimídia - Assessoria de Imprensa).


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