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Mais saudável

Novo tipo de açúcar não é digerido pelo organismo

Heloísa Prado - Bonde
08 set 2006 às 19:00

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Agência FAPESP divulgou nesta sexta-feira (8) os resultados de uma pesquisa desenvolvida no Laboratório de Bioaromas, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Trata-se de uma variedade de açúcar que contém uma substância que não é digerida pelo organismo humano, os galactooligossacarídeos, e pode trazer benefícios à saúde. A nova fórmula feita apenas em laboratório, ainda precisa ser testada em camundongos para depois chegar aos humanos.

O estudo foi apresentado em forma de dissertação de mestrado por Rosângela dos Santos e orientado pela professora da FEA Gláucia Pastore. A pesquisadora chegou ao novo tipo de açúcar, que foi desenvolvido em forma de xarope, a partir de manipulações realizadas com o fungo Scopulariopsis, extraído há mais de 20 anos em solos de diferentes regiões do país.

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"Descobrirmos que o Scopulariopsis produz a enzima beta-galactosidase que, por sua vez, produz os galactooligossacarídeos, que são carboidratos que não sofrem digestão", disse Rosângela à Agência FAPESP. A partir dessa constatação, a pesquisadora fez várias simulações em laboratório para verificar os efeitos do açúcar no organismo humano.

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Segundo a pesquisadora, a grande vantagem da ingestão do açúcar com os galactooligossacarídeos é o estímulo à proliferação das Bifidobactérias e Lactobacillus no trato intestinal. Entre outras coisas, esses microrganismos contribuem para a eliminação de bactérias maléficas ao ser humano, como a Escherichia coli e o Clostridium.


"Os galactooligossacarídeos combatem as substâncias putrefatas produzidas por determinadas bactérias. Isso contribui para a redução dos metabólicos tóxicos que podem desencadear algumas doenças como o câncer", afirma Rosângela.

"Presentes no leite materno, os galactooligossacarídeos são reconhecidos mundialmente como alimentos funcionais. O que ainda não se sabia é que o fungo Scopulariopsis poderia gerar esses compostos", explica a pesquisadora da FEA.


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