O Estado do Paraná teve aumento de 23% no número de transplantes realizados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), se comparado ao primeiro quadrimestre de 2011. Este ano, 625 transplantes foram realizados enquanto em 2011 realizou-se 510 cirurgias. Os órgãos que mais impulsionaram o desempenho dos transplantes no estado - nesse primeiro quadrimestre - foram medula óssea, córnea e rim, com índices de crescimento de 69%, 18% e 17%, respectivamente.
O estado apresenta 13 doadores por milhão de população (PMP). O Brasil bateu recorde ao registrar 13,6 doadores já no primeiro quadrimestre do ano, meta prevista para 2013. A expectativa do Ministério da Saúde é chegar a 15 doadores por milhão de população em 2015.
O Brasil fechou o ano de 2011 com 2.048 doadores. Nesse primeiro quadrimestre, o país registrou aumento de 29% no número de doadores - 726 doadores -, comparado ao mesmo período do ano passado – 564. "Atingimos um patamar importante e agora o Brasil é uma referência.
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O país possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Hoje, 95% das cirurgias são realizadas pelo SUS, de forma totalmente gratuita à população", destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O Paraná possui 84 equipes, uma central e seis Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). Com a melhoria da infraestrutura – especialmente a capacitação de equipes para o contato com as famílias dos possíveis doadores -, incentivo financeiro aos hospitais e na sensibilização da população por meio de campanhas anuais de incentivo à doação de órgãos e tecidos, os brasileiros têm demonstrado que a estratégia é eficiente.
No primeiro quadrimestre 2012 foram realizados 7.993 transplantes no país. Um crescimento de 37% comparado ao mesmo período de 2011, quando foram notificados 5.842. A região Norte registrou aumento de 109% e a região Centro-Oeste teve 103%. O transplante de coração teve crescimento de 61%.
Investimentos
Em abril, o Ministério da Saúde possibilitou o aumento de até 60% no repasse de recursos para ampliação do número de transplantes no SUS. Os hospitais que fazem transplante de rim tiveram um reajuste específico de 30% para estimular a realização dos procedimentos e a redução do número de pessoas que aguardam pela cirurgia. O valor pago para transplantes de rim de doador falecido passou de R$ 21,2 mil para R$ 27,6 mil. Nos casos de transplante de rim de doador vivo, o valor passa de R$ 16,3 mil para R$ 21,2 mil.
Ainda nesse mês, o Ministério da Saúde anunciou R$ 10 milhões para aquisição do medicamento imunoglobulina para pacientes que realizarem transplante de rim e apresentarem rejeição aguda ao órgão transplantado. Esta iniciativa possibilita uma rápida recuperação, além da melhoria na qualidade de vida do transplantado.
Em 2011, foi investido R$ 1,3 bilhão para manutenção e crescimento da rede - quatro vezes mais que o total de recursos alocados para o setor em 2003, quando foram destinados R$ 327,85 milhões.
Novidades
O Ministério da Saúde e o Facebook anunciaram nesta segunda-feira (30) uma parceria para incentivar a doação de órgãos. A nova funcionalidade visa estimular os usuários a expressarem seu desejo de ser um doador de órgãos no Brasil. A funcionalidade tem a missão de agregar e cadastrar possíveis doadores, entre os mais de 37 milhões de usuários do Facebook no país. A proposta visa também promover a importância de expressar sua intenção de doar usando o poder das redes sociais.
"Esta é mais uma ferramenta que vai contribuir para a campanha de incentivo, temos que usar as redes sociais para mobilizar e engajar pessoas que apoiam a causa. Precisamos fazer com que esta ideia seja multiplicada e alcance o maior número de pessoas", destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O Ministério da Saúde utiliza as redes sociais, desde 2009, para se aproximar cada vez mais da sociedade, esclarecendo dúvidas, recebendo sugestões e trabalhando para aprimorar o Sistema Único de Saúde (SUS).
O Facebook passará a ter entre suas funcionalidades na Linha do Tempo, a opção de o usuário expor seu desejo de doar órgãos. O internauta poderá adicionar a informação de que é doador e compartilhar sua história sobre quando, onde e porque decidiu se tornar um.