O consumo regular de frutas, legumes e verduras (FLVs) está associado a um menor risco de contrair certos tipos de câncer e outras doenças crônicas não transmissíveis. Isso é devido à presença de fibras e agentes fitoquímicos que atuam como antioxidantes naturais no organismo (por ex., licopeno no tomate, resveratrol na uva, etc), entre outros componentes reconhecidamente benéficos à saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o consumo de pelo menos 400 g/dia destes alimentos para que se possa obter um ganho nutricional expressivo na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Considerando o atual cenário de baixo consumo de frutas, legumes e verduras pela população brasileira, em acordo com levantamento feito pelo IBGE, é preciso aumentar em cerca de três vezes o consumo diário médio atual desses alimentos no Brasil, para que seja atingido o patamar recomendado pela OMS.
Na medida do possível, recomenda-se adquirir alimentos orgânicos e/ou certificados pelo governo, cuja procedência é conhecida, assim como os chamados alimentos da "época" (safra), por receberem em média uma menor carga de agroquímicos.
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Porém, a impossibilidade de aquisição de alimentos orgânicos não deve ser motivo para a diminuição no consumo de FLVs produzidos pelo sistema convencional de cultivo. Inexistem evidências consistentes na literatura científica que indiquem risco inaceitável à saúde devido à presença de resíduos químicos que possam descompensar os benefícios nutricionais trazidos por esses alimentos, à luz do conhecimento científico atual.