O paciente de 46 anos, com suspeita de ter contraído o vírus ebola, chegou no fim da noite de ontem (11) ao Rio de Janeiro e hoje (12) de manhã deve fazer os exames necessários para a verificação da presença do vírus. Se o resultado, que sairá em 24 horas, for negativo, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), haverá novo exame em 48 horas. O Ministério da Saúde informou que "para preservar a privacidade do paciente e os direitos legais, as autoridades sanitárias reforçam que o nome deve ser preservado".
O homem veio de Belo Horizonte, onde no dia anterior foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Pampulha relatando febre alta e dores muscular e de cabeça. Ele é brasileiro e desembarcou sexta-feira (6) no país, procedente da Guiné. Dois dias depois, começou a apresentar os sintomas.
Depois de ser identificado como suspeito de ter o vírus, ficou em isolamento na UPA, onde foi aplicado o protocolo definido para casos suspeitos de ebola, com informação à Secretaria Estadual de Saúde e ao Ministério da Saúde. Os pacientes e profissionais da unidade que tiveram contato com ele estão sendo monitorados pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. A unidade não está recebendo novos pacientes.
Leia mais:
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
Presidente Lula fará procedimento endovascular nesta quinta
Pimenta diz não ver necessidade por ora de afastamento de Lula da Presidência após cirurgia
Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná
O homem foi levado ao Rio em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), preparado com o esquema de segurança tanto para o paciente quanto para os profissionais que o acompanharam. A FAB recebeu, do Ministério da Saúde, pedido de uma aeronave para a transferência. De acordo com a Força Aérea, "a tripulação do avião do Esquadrão Pelicano é especializada em missões de busca e salvamento e foi acionada às 10h na Base Aérea de Campo Grande (MS), sede da unidade".
O avião decolou da Base Aérea de Brasília e pousou no Aeroporto do Galeão. De lá, o paciente foi levado em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos, zona norte do Rio. A unidade é referência nacional para casos de ebola.
O ministério informou que o ebola só é transmitido por meio do contato com o sangue, com tecidos ou fluidos corporais de pessoas doentes e o vírus, apenas quando surgem os sintomas.
Este é o segundo caso registrado no Brasil. No ano passado, um homem, também vindo da Guiné, chegou ao Paraná e apresentou sintomas suspeitos de ebola. O paciente também foi levado para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas e os exames descartaram a contaminação pelo vírus.