Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Inchaço é o sintoma mais comum

Pacientes relatam desafios em conviver com o linfedema primário

Agência Brasil
13 nov 2020 às 09:12
- iStock
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade


Jéssica Romualdo, de 30 anos, e Alícia de 3, moram em estados diferentes, têm histórias de vida diferentes, mas em comum compartilham a luta para conviver da melhor forma com o linfedema primário.

O inchaço de algum membro do corpo, principalmente as pernas, é o sintoma mais comum, e por ele já é possível iniciar o diagnóstico da doença tão pouco conhecida no Brasil.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O linfedema primário é um mal crônico, que pode ser hereditário e se manifesta pelo acúmulo de líquido no tecido linfático. Ocorre um aumento progressivo do volume do membro e como consequência, a diminuição da imunidade.

Leia mais:

Imagem de destaque
Diferença de gêneros

Resistência cultural e falta de interesse da indústria farmacêutica atrasaram avanço da pílula masculina

Imagem de destaque
Eficiência discutível

Especialistas contestam eficácia domiciliar de dispositivo com mosquitos transgênicos contra dengue

Imagem de destaque
Novos riscos

Cigarros eletrônicos e agrotóxicos são desafios na prevenção do câncer

Imagem de destaque
Ex-Corinthians

Luana, jogada da seleção brasileira de futebol, é diagnosticada com Linfoma de Hodgkin


O médico Bruno Naves explica o que deve ser feito ao perceber o inchaço de pernas ou braços. "A pessoa deve procurar um angiologista e ele vai examinar, fazer um exame clínico completo. Se ele julgar necessário, vai pedir alguns exames para comprovar o linfedema. Um deles chama-se linfocintilografia, que é um exame de imagem que enxerga os [vasos] linfáticos e vê se eles estão funcionando bem ou não. Se for feito o diagnóstico de lindema, aí sim existe um tratamento que inclui atividade física regular, manutenção de um peso equilibrado, drenagem linfática e uso de meia elástica para melhorar a drenagem."

Publicidade


Portadores da doença relatam a dificuldade para ter o diagnóstico precoce, tão importante para iniciar o tratamento correto em busca de qualidade de vida.


Jéssica Romualdo, moradora de Formosa, em Goiás, conseguiu identificar o que realmente tinha na perna após 27 anos convivendo com a dor e com o inchaço cada vez maior. "Antes de cuidar do meu linfedema, a minha imunidade era muito baixa. Eu vivia doente. As dores, quando a gente não está cuidando, são insuportáveis. Eu ia no hospital, os médicos me passavam antibiótico e me mandavam pra casa. Ninguém falava o que eu tinha. Eu sofri demais. Foram 27 anos de sofrimento, sem diagnóstico."

Publicidade


Atualmente, Jéssica tenta conscientizar portadores da doença pelas redes sociais, e incentiva a luta por melhores tratamentos.


Em Juiz de Fora, Minas Gerais, Fernanda Nunes, também teve dificuldades na busca de tratamento para a filha, Alícia, em unidades de saúde pública. Há pouco tempo conseguiu tratamento com uma angiologista particular em Belo Horizonte. A filha faz fisioterapia e drenagem linfática manual todos os dias e usa de meias de compressão.

Publicidade


Agora, Fernanda corre atrás do benefício de prestação continuada para a filha. "Como o tratamento é oneroso, eu preciso desse auxílio, para pagar pelo menos o básico."


Quem tem linfedema é considerado um Portador de Necessidade Especial, porque se trata de uma doença progressiva, que ainda não tem cura e pode provocar incapacidade.

Por isso, é importante conhecer os próprios direitos, por meio da Lei da Assistência Social e também da Lei Brasileira de Inclusão. Para ter acesso a qualquer benefício, a dica é ter o laudo médico para comprovação da condição de portador de linfedema e assim pleitear todos os seus direitos.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade