A terceira semana de acompanhamento dos números da dengue em todo o Estado deixou para trás a ausência de confirmações e cravou dez casos da doença, sendo nove autóctones e um importado. Londrina respondeu por quatro confirmações de dengue, sendo todas adquiridas na própria cidade.
O município de Sertanópolis foi o único em que o caso de dengue foi adquirido fora. Assaí acrescentou outros dois casos à lista . Os municípios de Jaguapitã, Engenheiro Beltrão e Paranavaí tiveram uma confirmação cada. O total de notificações de dengue saltou dos 355 para 616 casos, acumulando aumento de 73,5% em relação ao boletim da semana passada. "Na comparação com o ano epidemiológico anterior, os números estão dentro do esperado", avalia o coordenador da Sala de Situação de Dengue da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Raul Bely.
Em relação à chikungunya, as notificações passaram de sete para 21 e de zika vírus, de cinco para 12. "Com a imunização e a manutenção ininterrupta de ações como o dia D e todo o pacote de medidas de combate o mosquito, acreditamos que conseguiremos ter um balanço melhor, mas precisamos do engajamento de todos", aponta Bely.
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Nesse aspecto, um dos grandes focos de preocupação da Sesa ainda gira em torno da fraca adesão à vacina por parte do grupo que tem direito de ser imunizado gratuitamente nas 30 cidades paranaenses, que foram escolhidas estrategicamente para quebrar a cadeia de transmissão e dada a situação de epidemia enfrentada nessas localidades nos últimos cinco anos.
"Se a população não for vacinada, corremos o risco de enfrentarmos uma séria epidemia a partir de dezembro e durante todo o verão, ainda pior do que a de 2015/2016. Quanto mais pessoas vacinadas, menor será a circulação viral da doença", alertou o diretor geral da Secretaria da Saúde, Sezifredo Paz. Mesmo com o prazo prestes a encerrar no próximo sábado, a Sesa só conseguiu vacinar cerca de 16% do público-alvo. Embora a evolução tenha sido o dobro do que se tinha até a semana passada, a baixa adesão segue preocupando a Sesa. "Estamos trabalhando cada um dos 30 municípios com planos de ação específicos que envolvem desde equipes volantes, a disponibilização de doses para mais unidades, passando pela extensão dos horários de atendimento a fim de tornar mais cômodo o acesso ao público-alvo que é estudante ou trabalhador", assegurou o coordenador estadual de Imunização da Sesa, João Luís Gallego Crivellaro. "É importante se atentar ao fato de que esse é o melhor momento para tomar a primeira dose da vacina, já que precede ao período mais crítico da dengue, jogando a segunda dose para fevereiro, quando estamos diante do auge da sazonalidade da doença", orienta.
Além disso, a Sesa ressalta que quem se imuniza presta um serviço a toda comunidade já que reduz a cadeia de transmissão da dengue. A população entre 9 e 44 anos das cidades de Paranaguá e Assaí e os jovens entre 15 e 27 anos, das outras 28 cidades que receberam a vacina, devem buscar as unidades de saúde para tomar a primeira dose até o dia 3.