Quem vai passar o feriado de Carnaval no Litoral paranaense deve tomar cuidado com as águas-vivas. Desde o início do Verão Paraná, em 18 de dezembro, já foram registradas 11.864 ocorrências de queimaduras por água-viva no Estado.
"Desde 2011, os acidentes com águas-vivas têm sido frequentes no litoral do Sul do Brasil. O Paraná monitora os animais e acompanha os casos em parceria com o Corpo de Bombeiros", explica a coordenadora da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria de Estado da Saúde, Tânia Portella.
O guarda-vidas Lázaro de Oliveira Junior afirma que os acidentes estão mais comuns nesta temporada. Só em Matinhos, o número de casos já ultrapassa 5 mil desde 18 de dezembro. Em Pontal do Paraná, são mais de 4 mil ocorrências registradas no mesmo período.
Leia mais:
Pimenta diz não ver necessidade por ora de afastamento de Lula da Presidência após cirurgia
Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná
Lula evoluiu bem à cirurgia, está estável e conversa normalmente, dizem médicos
'Presidente encontra-se bem', diz boletim médico após cirurgia de Lula
Em janeiro, a surfista Julia Saldanha sofreu uma queimadura por água-viva. "Senti algo na minha perna e na mesma hora tive falta de ar e vomitei. Como os sintomas foram graves, fui até um hospital para ser medicada", conta. Depois do episódio, Julia toma muito mais cuidado ao escolher o local em que vai entrar no mar.
CUIDADOS – A recomendação para os banhistas é que verifiquem a área antes de entrar no mar e perguntem aos guarda-vidas sobre os locais mais seguros para o banho. Em caso de queimaduras, eles também estão aptos a fazer o atendimento inicial.
"A primeira ação após a queimadura deve ser a aplicação de vinagre sobre o local. Depois, a vítima deve aguardar 30 minutos na sombra até poder entrar em contato com a água novamente e, nesse período, verificar a evolução dos sintomas", recomenda Lázaro. Outra orientação importante é não lavar o ferimento com água doce.
Além da sensação de ardência na pele, dependendo da gravidade do acidente, também podem surgir sintomas como enjôo, dor de cabeça e mal-estar. "Esses são sinais de alerta que, caso ocorram, devem ser informados prontamente ao profissional que fizer o primeiro atendimento de saúde a vítima que, se necessário, será encaminhada a Unidade de Saúde mais próxima", diz Tânia.