O número de transplantes de órgãos e córneas realizados até setembro deste ano, a partir de doadores mortos, é o maior desde a criação da Central Estadual de Transplantes, em 2000. Nos últimos nove meses, já foram realizados 1.191 transplantes – até então, o maior índice registrado foi de 886 procedimentos, em 2009. As estatísticas consideram apenas os transplantes de fígado, rins, pâncreas, coração, rins/pâncreas e córneas.
O aumento se deve à agilidade das equipes na captação e no transporte dos órgãos, inclusive com a utilização dos aviões e helicópteros do Governo do Estado. Hoje, são 54 serviços credenciados no Paraná para a realização de transplantes de órgãos e córneas. "O Paraná tem à disposição profissionais capacitados para realizar diversos tipos de transplantes", afirma o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto.
As Comissões de Procura de Órgãos e Tecidos de Londrina, Maringá e Cascavel realizam um trabalho fundamental para o aumento das doações e a qualidade dos transplantes realizados no Paraná. "As comissões monitoram possíveis doadores, comunicam a Central Estadual e orientam as famílias nos hospitais sobre o processo de doação", explicou a diretora da Central Estadual de Transplantes, Arlene Badoch.
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De acordo com a diretora, as famílias também estão mais seguras para autorizar a doação. "Os membros da comissão explicam que o transplante é um processo transparente, gerenciado por órgão estadual, com critérios técnicos e processo subordinado ao Sistema Nacional de Transplante", disse.
A doação só pode ser realizada se os familiares autorizarem, por isso é importante que as pessoas manifestem a vontade de serem doadores de órgãos aos parentes mais próximos (com AEN).