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Paraná teve mais de quatro mil acidentes com aranha-marrom

14 fev 2019 às 14:53

O Paraná registrou 4.098 acidentes com aranha-marrom em 2018, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, o que representa uma diminuição em relação a 2017, quando houve 4.198 ocorrências no Estado.


Do início do ano até agora, já foram registrados 203 casos. Os períodos de calor propiciam uma maior frequência de picadas, pois as altas temperaturas aumentam o metabolismo destes animais, que se movimentam mais em busca de alimento e de um parceiro para reprodução.


"Essa movimentação aumenta também o encontro entre homem e animal, e com isso acontecem mais acidentes no período do verão, não só com aranhas, mas também com serpentes, escorpiões e lagartas", afirma Emanuel Marques da Silva, biólogo da Divisão de Zoonoses e Intoxicações e coordenador do Programa Estadual de Vigilância de Acidentes por Animais Peçonhentos e Venenosos.


CUIDADOS – O controle químico (com inseticidas) não é recomendado na eliminação de animais peçonhentos, até para não intoxicar seres humanos e outras espécies.


O mais apropriado é fazer o manejo ambiental, com práticas simples que devem ser adotadas dentro das residências. "É preciso eliminar os quatro 'As' que garantem a sobrevivência desses animais: abrigo, acesso ao abrigo, alimento e água. Quando eliminamos qualquer um desses quatro 'As', estamos alterando o ambiente natural dele", afirma o biólogo.


É importante também organizar materiais que estejam em caixas de papelão, livros velhos e outros objetos acumulados que podem se tornar abrigos para elas. O mesmo vale para materiais de construção fora de casa. Tábuas devem ficar em pé, e não deitadas; assim como tijolos e telhas, que além de ficarem na posição vertical, devem estar a pelo menos 20 centímetros do solo, em um estrado ou outro suporte. Com estas medidas de manejo ambiental, as pessoas também não se intoxicam com produtos químicos.


SORO – Em caso de picada da aranha, a orientação é lavar o local do ferimento com água e sabão para mantê-lo limpo; não cobrir a ferida e nem fazer qualquer outro procedimento. Uma Unidade de Saúde deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto antes for feito o diagnóstico, melhor vai ser a evolução do quadro, com a medicação adequada.

Se for possível, o paciente deve levar a aranha capturada em um recipiente, esteja ela viva ou morta, para ajudar o médico na identificação do animal (isso vale também para ocorrências com escorpiões, lagartas ou outras espécies peçonhentas). Caso esteja morta, é preciso colocar um pouco de álcool no recipiente para preservar o animal, que se deteriora muito facilmente.


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