Um pedreiro de Belo Horizonte que apresentava sintomas de tuberculose ou influenza H1N1 acabou sendo internado numa sala usada como necrotério pela equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Santa Terezinha, região da Pampulha. O caso ocorreu na semana passada e foi denunciado nesta quarta-feira por familiares de Reginaldo José Gonçalves, indignados com a situação.
Uma das irmãs de Reginaldo, a auxiliar de limpeza Regiane Maria Gonçalves contou à reportagem que ele foi internado na UPA na quarta-feira dia 3. Quando ela chegou para visitá-lo, na quinta-feira, levou um susto ao ser informada por uma enfermeira de que o irmão estava no necrotério. A auxiliar pensou que Reginaldo havia morrido.
"Eu e meu cunhado fomos levar roupas para ele. Na portaria, não sabiam informar onde ele estava. A moça do ''Posso Ajudar" entrou para procurar meu irmão e eu fui atrás. Aí ela perguntou para uma enfermeira cadê o homem da maca no corredor, e a enfermeira disse, rindo, que colocaram ele no necrotério", relatou Regiane, que se desesperou com a notícia. Ela disse também que seu cunhado viu, há cerca de 15 dias, um homem morto ser encaminhado para a sala. No domingo, Reginaldo foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia, onde permanece internado - na enfermaria.
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Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o local não funciona mais como necrotério, tendo sido "readequado" em 2010, e que o espaço é usado para atendimento a pacientes que necessitam de isolamento desde a chegada do H1N1.