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Índices impressionantes

Pesquisa brasileira quer curar trauma com ecstasy

Redação Bonde
10 nov 2015 às 15:12

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- Divulgação
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Diante dos resultados promissores do MDMA, princípio-ativo do ecstasy, no tratamento de estresse pós-traumático, o neurocientista brasileiro Eduardo Schenberg lançou um crowdfunding para financiar o primeiro estudo brasileiro sobre o tema. Será um estudo em pequena escala, com quatro pacientes, diz Schenberg. O que queremos é nos preparar e treinar a equipe para participar de um grande estudo internacional que acontecerá em 2017.

Uma recente pesquisa americana com vinte indivíduos revelou índices de cura impressionantes para essa doença, que é muito debilitante e difícil de tratar. É importante fazer estudos em vários países porque há grandes diferenças regionais na incidência de estresse pós-traumático.

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Nos Estados Unidos, há um surto crescente da síndrome entre veteranos de guerra quase 20% deles apresentam os sintomas. Há também uma taxa assustadora de suicídios entre esses pacientes. Em Israel, a doença também afeta veteranos de guerra, além de vítimas de terrorismo e sobreviventes do Holocausto que convivem com o mal há muitas décadas.

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No Brasil, a situação é bem diferente, mas nem por isso mais animadora. As grandes cidades brasileiras estão entre as recordistas mundiais de distúrbios mentais. Em São Paulo e no Rio, cerca de 10% da população sofre de estresse pós-traumático, um índice equivalente aos de regiões em guerra. Por aqui, mulheres são mais afetadas que homens.

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Schenberg optou pelo crowdfunding por causa da crise econômica no Brasil, que está tornando muito difícil conseguir financiamento governamental para pesquisa científica. Mais difícil ainda quando se trata de pesquisa envolvendo uma substância tão polêmica.


O grupo de pesquisa já conseguiu aprovação do Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, órgão do Ministério da Saúde que autoriza esse tipo de pesquisa com humanos. Eles já têm também o MDMA, que será doado pela Maps (Sociedade Multidisciplinar de Estudos Psicodelicos, na sigla em inglês), embora a burocracia para fazer a importação seja um desafio a superar. A Maps também contribuirá com 15 mil dólares para realizar os experimentos. O objetivo dos pesquisadores é levantar outros 50 mil reais por crowdfunding.

Para ajudar a viabilizar o estudo, clique aqui.
(com informações do site Super Interessante)


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