O Dia Mundial do Rim é comemorado nesta quinta-feira (14) com atividades de prevenção, palestras e exames. Em São Paulo profissionais de saúde fazem atendimentos em 13 unidades básicas de Saúde (UBS) e no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).
Em Brasília o atendimento começou às 11h e vai até 18h no shopping Conjunto Nacional. O lema da campanha deste ano é "Pare de Agredir Seu Rim". A data será lembrada pela cor amarelo ouro. Alguns monumentos e edifícios importantes do Brasil serão iluminados com esta cor.
Em entrevista à Agência Brasil o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Daniel Rinaldi dos Santos, disse que os objetivos da campanha são "chamar a atenção da população para a doença e despertar o interesse para que todos se protejam da doença renal".
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Segundo o médico, as principais causas da doença renal crônica são a pressão alta e o diabetes. Ele alertou que, quando o paciente não procura tratamento, o rim perde suas funções. "O indivíduo com doença renal passa a sentir mal estar geral, anemia, fraqueza, edema, pressão de difícil controle, a té que chega uma fase em que ele não consegue sobreviver sem a diálise [procedimento usado para a purificação do sangue de pacientes renais]. Com a campanha, nós queremos evitar que o individuo chegue a essa fase".
Rinaldi disse que existem "oito regras de ouro" para preservar a saúde dos rins: " beber muita água; tratar bem a pressão arterial; controlar o açúcar no sangue; fazer uma dieta adequada; perder peso, caso a pessoa esteja com sobrepeso; evitar o excesso de sal na dieta; fazer exercícios físicos regularmente; não fumar e não tomar remédios sem orientação médica".
Em Brasília o paciente que procurar atendimento hoje vai medir a pressão arterial, medir a circunferência abdominal e receber orientação médica de prevenção. Para a babá Elizângela Mezenes, de 37 anos, que sofre de pressão alta a iniciativa é de extrema importância para conscientização.
"Tem gente que não liga muito para essas coisas, não vai ao médico. Desde que descobri que tinha problema de pressão, tenho cuidado melhor da minha saúde para evitar problemas futuramente".
Para a sindicalista Luciana Cruz de 38 anos, que já teve uma crise renal, a campanha ajuda quem precisa e orienta quem não tem conhecimento. "A campanha é boa. Vou seguir à risca a recomendação de procurar um médico, porque prevenir é a melhor condição para saber se está bem ou não".