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Saúde e educação

Problema na audição prejudica desempenho das crianças nas escolas

Fernando Buchhorn/Redação Bonde
19 jan 2018 às 15:26
- Shutterstock
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As dificuldades de desempenho de crianças e adolescentes na escola são frequentemente associadas à falta de atenção, à hiperatividade ou até mesmo à dislexia. Entretanto, uma pesquisa realizada pelo instituto American Speech-Language Hearing Association (Asha) descobriu que 7% das crianças em idade escolar têm dificuldades de receber as informações passadas na escola por conta do Distúrbio do Processamento Auditivo Central (Dpac).

Esse transtorno é caracterizado por afetar as áreas cerebrais relacionadas às habilidades auditivas e de interpretação das informações sonoras. "A criança consegue ouvir claramente a fala humana. Não é considerada surda. Porém, ela possui grande dificuldade em decodificar e interpretar a mensagem recebida na presença de barulho", explica a fonoaudióloga Cintia Fadini.

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Segundo Cintia, as crianças com Dpac são consideradas preguiçosas e desatentas, mas geralmente são alunos que têm dificuldade de prestar atenção ou são agitados e, assim, têm seu desempenho acadêmico prejudicado. O transtorno os impede de acompanhar e memorizar as instruções do professor e acabam perdendo o foco. "Quase sempre pedem para repetir uma pergunta ou frase, não conseguem conversar com muitas pessoas ao mesmo tempo e têm dificuldade para localizar de onde um som está vindo."

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O primeiro passo para tratar o problema é identificá-lo, atentando-se para o comportamento das crianças e para o desempenho escolar delas. Se houver dúvidas quanto ao diagnóstico, com o exame do processamento auditivo é possível verificar a capacidade de a criança prestar atenção, detectar, discriminar e localizar sons, além de organizar, memorizar e integrar as experiências auditivas para atingir o reconhecimento e a compreensão.

O tratamento é realizado em crianças com idade superior a 6 anos por meio de um treinamento auditivo. O objetivo é buscar uma reorganização do sistema auditivo e das conexões com outras sensações. "Infelizmente, muitos buscam tratamento em fonoaudiologia só após passarem por diagnósticos errôneos, inclusive de deficiência intelectual", lamenta a profissional.


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