Assembleia realizada na tarde desta terça-feira (10), em Londrina, definiu pela demissão em massa de todos os médicos plantonistas que prestam serviços terceirizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São mais de 200 profissionais. Os médicos encerram suas atividades na sexta-feira (13), às 7h. A partir deste horário os hospitais Evangélico, Santa Casa e Infantil fecham os pronto-socorros.
A medida é uma retaliação contra prefeitura, que cortou abono aos médicos plantonistas. Desde julho o repasse está suspenso. Na última semana ficou acordado pagamento de uma parcela, o que efetivamente não aconteceu. A prefeitura efetuou o depósito em juízo. "A sensação é de traição. Veja, você faz uma acordo, mas quando chega data limite o depósito é feito em juízo. É uma ofensa moral e financeira", disse o presidente da Associação Médica de Londrina (AML), Antonio Caetano de Paula.
"Os pronto-socorros ficarão fechados para todas as instâncias. Não podemos correr os riscos de estar de plantão e chegar paciente do SUS. Aí incorreríamos em omissão de socorro. Quem precisar de emergencia deverá procurar hospitais públicos", disse.
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A AML recebeu ata da assembleia dos médicos plantonistas, assim como o Conselho Regional de Medicina e hospitais da Irmandade Santa Casa e Evangélico. No documento, os médicos afirmam que só retornam ao trabalho se houver pagamento integral da dívida, se for assinado compromisso público para nunca mais haver a suspensão do repasse e apresentação de reajuste dos valores pagos por plantões.
Em nota, os hospitais esclarecem que todos pacientes já internados continuarão sendo atendidos normalmente até receberem alta médica. Na Santa Casa, Hospital Evangélico e Hospital Infantil serão afetados os serviços de Urgência e Emergência (atendidos nos prontos-socorros), e o serviço de terapia intensiva pediátrica e neonatal atendido nas UTIs. Juntos, os hospitais filantrópicos respondem por 60% de todo atendimento ao SUS feito no município.