Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estão trabalhando num projeto de fabricação de próteses de titânio, que poderão ser implantadas em pacientes que tiveram alguma perda de parte do osso da cabeça. O projeto está sendo desenvolvido no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Biofabricação (Biofabris).
A previsão é de que até o final deste ano, dez pacientes já possam receber o implante. Atualmente, quatro próteses já estão prontas para serem implantadas. As cirurgias deverão ser realizadas no Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas (SP).
A biofabricação utiliza-se de técnicas da engenharia e biometria para produzir equipamentos em 3D que funcionam como substitutos biológicos, com o objetivo de auxiliar pacientes em fase de reestruturação de órgãos e tecidos. O laboratório onde é realizado o projeto faz parte do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e reúne pesquisadores de quatro unidades da Unicamp (FEQ, FEM, FCM e o Instituto de Física).
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Os estudos têm o objetivo de avaliar a viabilidade dos materiais de fabricação das próteses, com testes pós-cirúrgicos, que avaliarão se existe algum tipo de rejeição do titânio. Depois de operados, os participantes do estudo serão monitorados por, pelo menos, um ano.
"A preocupação do Biofabris não foi simplesmente construir algo, de metal, que se encaixe, mas verificar o que pode ser melhorado na integração, que seja compatível e que favoreça o crescimento celular. Além disso, a escolha do titânio não foi aleatória, porque o material já vem sendo usado há certo tempo na área médica", afirmou o médico Paulo Kharmandayan, representante da FCM no projeto, numa entrevista cedida ao Jornal da Unicamp.
(Com informações Jornal da Unicamp)