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Protetor solar e hidratação são essenciais no calor do verão

30 dez 2019 às 17:14

Com a chegada do verão cresce o número de casos de algumas doenças típicas do período. Embora essencial para a saúde, a maior incidência de sol nesta época do ano provoca também o aumento de problemas de pele.

"O sol é muito importante para que o corpo humano consiga a vitamina D, no entanto, é também um forte causador de câncer de pele", alerta Arnaldo Lichtenstein, médico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. "É um período em que as pessoas frequentam mais a praia, mas fazem isso no horário errado."


O médico do Hospital Sírio-Libanês Alfredo Salim Helito concorda com a avaliação. "Ficar exposto ao sol, sem protetor, pode provocar sérias queimaduras na pele, principalmente, entre as 10h e as 14h. Este período deve ser evitado."


Além de usar protetor solar, os especialistas recomendam cautela na prática de esportes. O excesso pode provocar desidratação e problemas ortopédicos. "As pessoas querem ir à praia mostrar o físico e, muitas vezes, praticam esportes com duração e intensidade muito maiores do que a capacidade física permitiria", afirma Lichtenstein, que recomenda o consumo de água, água de coco e sucos naturais, mesmo para quem não pratica esportes, para evitar a desidratação.


Ele lembra ainda de dois problemas de pele comuns neste período do ano. Um é o bicho geográfico, provocado por parasitas encontrados em fezes de cachorro, muitas vezes achadas na areia da praia. O outro são lesões de pele já existentes, mas que podem ser agravadas por bactérias encontradas no mar quando ele está poluído.


Outra doença comum é a micose, que aumenta neste período porque as pessoas suam mais devido ao calor e porque muitos ficam com biquínis e sungas molhados após saírem do mar ou de piscinas. Usar talco entre os dedos dos pés e trocar a roupa de banho molhada por outras secas ao longo do dia são algumas dicas que podem ajudar a prevenir a doença.


Outro alerta é para a hepatite A, diz Helito. A doença pode ser transmitida no mar de praias poluídas e provoca náuseas, vômitos e olhos amarelados, entre outros. O médico reforça a importância da prevenção por meio de de vacina.


Todos precisam proteger a pele e evitar exposição excessiva ao sol


É mito dizer que pessoas negras não precisam utilizar protetor solar, explica Arnaldo Lichtenstein, médico do Hospital das Clínicas.


"Com certeza todos precisam usar protetor solar. Esse é um entendimento errado que, muitas vezes, percebemos nas pessoas. O que muda, apenas, é o fator do protetor a ser utilizado", afirma o médico.


Na dúvida, caso as pessoas não saibam qual o protetor solar mais adequado para o seu tipo de pele, a recomendação é utilizar no mínimo o fator 30.


"Mais que 50 é exagero. Exceto se for por orientação de um médico, apenas em alguns casos pontuais", diz.


Já nas crianças, por terem a pele mais sensível, é preciso usar o protetor, no mínimo, com fator 50.


"É importante lembrar que protetor não se passa uma vez só, é preciso reaplicar várias aplicações durante o período em que se está exposto ao sol", diz.


Para quem tem a pele mais clara a atenção deve ser redobrada.

"Quanto mais clara, maior cuidado precisa ser tomado, sim. Porque, nessas pessoas, em especial, uma queimadura de sol pode evoluir para um melanoma [câncer de pele]", explica Alfredo Salim, médico do Hospital Sírio-Libanês. (TR)


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