O ator José Loreto convive há 20 anos com a diabete tipo 1. Ele tinha 14 anos e viajava com a família quando percebeu que estava urinando com muita frequência. Na volta, o pai, médico, o levou para exames e descobriu que a glicemia estava alta. Desde então, o ator controla as taxas com alimentação equilibrada, insulina e exercício físico. Nas redes sociais, Loreto faz questão de falar sobre o assunto.
Por que incluir esse tipo de conteúdo em suas publicações?
É uma das coisas mais importantes que posso postar hoje. As pessoas têm vergonha de ser diferente. Fazer teste de glicose, aplicar insulina... É uma bobeira achar que isso é ser diferente. Isso faz parte da minha rotina. Assim como almoço e escovo os dentes, me alimento bem, faço exercício, meço a glicose e tomo insulina. Quando falo publicamente, tenho o maior feedback de pessoas diabéticas, de senhores a crianças. Quanto mais se fala, mais as pessoas entendem e mais consciência têm.
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Como isso incentiva quem resiste ao tratamento?
Todo diabético passa por fases, semanas de não se cuidar. Quando eu vejo outra pessoa falando sobre uma novidade, sobre algo que deu certo para ela, me sinto estimulado a me cuidar melhor e melhorar o tratamento. Eu também sigo uma galera, de médicos a pessoas que fazem culinária para diabético, piadas de diabéticos, um bocado de coisas relacionadas. O tratamento está se modernizando muito, quando fui diagnosticado o tabu era maior. Mas as pessoas ainda ficam muito assustadas em relação à doença.
No seu caso, é mais difícil monitorar na rotina de gravações?
Sempre consigo entre uma cena e outra. Controlo a glicemia dando pausa rápida a cada três horas. Me alimento, tomo insulina e faço teste. Como o estresse de um dia puxado afeta a glicemia, medito no dia anterior e vou o mais equilibrado possível, com todos os meus apetrechos. Posso esquecer a carteira e o celular, mas o medidor, a insulina e algum alimento sempre tenho de ter. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.