Um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Duke, dos Estados Unidos, mostrou que a redução de 300 calorias diárias em uma dieta pode conferir benefícios para a saúde cardiovascular. Isso também vale para quem já está no peso ideal. A pesquisa foi publicada em 11 de julho, na prestigiada revista inglesa The Lancet Diabetes & Endocrinology.
De acordo com a Diretora Executiva do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), Nágila Raquel Teixeira Damasceno, a pesquisa comprova que a alimentação saudável é um dos fatores essenciais para o combate às doenças cardiovasculares em todo o mundo. "A atuação do nutricionista dá-se em todas as etapas de um tratamento cardíaco: desde a prevenção até a plena reabilitação do paciente", explica a especialista.
O trabalho mostrou que quem reduziu essa quantidade de consumo calórico conseguiu baixar a pressão arterial e colesterol associado à LDL, dois dos principais fatores de risco para o Infarto Agudo do Miocárdio. Além disso, houve diminuição de 24% nos triglicérides, que também influencia significativamente a obstrução das artérias.
Leia mais:
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
Presidente Lula fará procedimento endovascular nesta quinta
Pimenta diz não ver necessidade por ora de afastamento de Lula da Presidência após cirurgia
Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná
"No caso específico do controle da hipertensão, além da redução calórica, é desejável o controle no consumo de sal. Por sua vez, o controle de níveis adequados de colesterol e triglicérides pode ser otimizado, não só pela redução das calorias ingeridas, mas também otimização no consumo de alimentos ricos em fibras e gorduras saudáveis como aquelas encontrados em peixes, abacate e alguns óleos vegetais", diz Nágila. "Portanto, redução na quantidade das calorias e melhora na qualidade dos alimentos é a receita correta para a saúde cardiovascular."
Dados do DataSUS mostram que as doenças do aparelho circulatório são as que mais matam no Brasil: um a cada três óbitos tiveram estas causas em 2017. No total, foram mais de 358 mil mortes. "Combater a mortalidade cardiovascular é um grande desafio. Por isso, estudos como esse alertam para a necessidade de eliminar os fatores de risco ao infarto como obesidade, tabagismo, sedentarismo, hipertensão e colesterol alto atuando de maneira preventiva. Por isso, recomendamos sempre uma dieta saudável, o controle do peso corporal e a prática de atividades físicas", afirma José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Socesp.
Afinal, quanto é 300 calorias?
Uma barrinha e meia de chocolate (120g);
Seis biscoitos recheados;
Bife frito ou de macarrão (100g);
Dois copos de café com leite, se acrescidos de açúcar;
Um pacote de pipoca de micro-ondas (80 g);
Metade de um lanche de fast food (100g);
Uma embalagem de batata frita vendida em fast food (100g);