Farmácias de Ciudad del Este, na divisa do Paraguai com o Brasil, vendem o Tamiflu, medicamento recomendado no combate à Influenza A (H1N1), conhecida como gripe suína, sem nenhuma exigência de receita médica. No Brasil, o remédio praticamente desapareceu das farmácias e somente é encontrado no serviço público de saúde, limitado a pacientes do grupo de risco. Mesmo o antiviral que tem o princípio ativo de fostato de oseltamivir (o mesmo do Tamiflu), já produzido pela Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, tem destinação orientada.
A venda do medicamento de forma livre no Paraguai foi revelada na quarta-feira pelo jornal "Gazeta do Povo", um dos principais do Paraná. A reportagem observou que a caixa estava custando R$ 98,00, mas com a previsão de subir para R$ 134,00 na próxima semana, devido ao súbito aumento na procura. Segundo a reportagem, também é possível encontrar versões genéricas do Tamiflu, fabricadas no Paraguai com os nomes de Biosid, Oselta e Laporcina.
A Receita Federal em Foz informou não ter feito nenhuma apreensão desses medicamentos. A assessoria de imprensa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Brasília, disse que não pode impedir a entrada de medicamento vindo do exterior, caso a pessoa possua receita médica, embora não se responsabilize pela qualidade do produto. No entanto, a pessoa pode perder os medicamentos e responder por contrabando, caso o fiscal considere que a quantidade ultrapassa um volume razoável para uso próprio.
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Hoje chegou ao Paraná a primeira remessa do medicamento fabricado pela Farmaguinhos. A Secretaria Estadual da Saúde preferiu não divulgar o volume, destacando apenas que a distribuição será feita por meio das 22 regionais de saúde espalhadas pelo Estado, com prioridade para os locais onde há mais casos confirmados da doença. As receitas médicas para o oseltamivir serão analisadas nas regionais e, caso o paciente esteja enquadrado no padrão estabelecido pelo Ministério da Saúde, ele será liberado.