Não somente aspirar a fumaça do cigarro de quem está próximo pode ocasionar danos à saúde. O contato com objetos que contenham as substâncias químicas oriundas do tabaco também podem contribuir para agredir o organismo. Chamado de "fumo de terceira mão", o mal atinge aqueles que convivem com a fumaça e com o cheiro dos derivados do cigarro presente em ambientes e nos sofás, carros, cabelos, roupas, telefone, carpetes, cortinas e até na poeira.
Assim, as consequências do fumo passivo, sobretudo, tornam-se cada vez mais prejudiciais ao indivíduo que não fuma, mas está exposto à fumaça e aos danos que a substância provoca.
Segundo o Dr. Oliver Nascimento, pneumologista e membro da Sociedade Paulista de Pneumologia, a fumaça do tabaco é composta por derivados do alcatrão, gases e partículas que inclui metais pesados e substâncias cancerígenas, como o arsênico, o chumbo e o cianeto. Trazida pelo vento, a fumaça penetra as vias respiratórias e quem a inala pode sofrer sintomas alérgicos, contrair asma ou ainda várias outras doenças respiratórias. As consequências ao organismo dependerão de pessoa para pessoa, sendo que alguns já possuem uma predisposição aos problemas de respiração.
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Ainda de acordo com o especialista, não há o que fazer para tirar o cheiro ou as partículas do ambiente, uma vez que a fumaça penetra de tal maneira que é impossível removê-la por completo. A recomendação para ambientes impactados diretamente pela fumaça do cigarro é a troca, de tempos em tempos, dos móveis, carpetes, cortinas, do gesso das paredes, e de qualquer outro objeto exposto às baforadas dos fumantes.
Para evitar a contaminação, o pneumologista recomenda lavar as mãos constantemente, pois qualquer lugar está passível a conter algum material orgânico químico nocivo, proveniente do agressor.
Todo ano, cerca de seis milhões de pessoas morrem no mundo por doenças relacionadas ao cigarro, e no Brasil, mais de 200 mil fumantes sofrem infartos.