A Sesa (secretaria de Estado de Saúde) divulgou nesta terça-feira (19) o boletim epidemiológico com a confirmação de duas mortes por dengue em Londrina. Os dois óbitos aconteceram de 03 a 07 de março, em Londrina (17ª Regional de Saúde), área considerada de alta infestação e estavam sob investigação.
São dois homens: um de 89 anos, sem comorbidades (problemas de saúde) registradas, e outro de 60 anos, com hipertensão arterial. Os dois casos são autóctones, ou seja, foram contaminados no próprio município onde moravam.
A forma grave da doença aparece em Londrina (6 casos), Foz do Iguaçu (3 casos) e Sertanópolis (1 caso).
Leia mais:
Lula segue lúcido e caminha e se alimenta normalmente, diz boletim
Investigação sobre desvios em compra de vacina da Covid volta ao STF, e PGR analisa em segredo
Droga injetável contra HIV é eleita descoberta de 2024 pela revista Science
Estudo sugere que consumo de chocolate amargo está ligado à redução no risco de diabetes tipo 2
Com relação a Londrina os casos estão mais concentrados na zona Sul da cidade, região muito populosa e que tem um índice de infestação do mosquito. Um dos óbitos é da região e o outro da zona oeste da cidade.
Inúmeras atividades estão sendo feitas no município, como, por exemplo, tratamento e remoção de criadouros, bloqueio de casos, processos educativos permanentes, mutirão de limpeza, limpeza de fundos de vale, trabalhos educativos em escolas e associação de moradores. As ações envolvem município, Regional de Saúde, universidades e a população de um modo geral.
A 17ª Regional de Saúde também está atuando com 12 unidades de UBV que estão realizando o fumacê. Já foram encerrados os sete ciclos e os técnicos estão analisando a necessidade de outros dois.
A aplicação de fumacê acontece sempre que há solicitação do município ou indicação técnica.
"A dengue é uma doença preocupante e precisamos da ajuda da população para combatê-la. A Secretaria de Saúde, em parceria com os municípios, vem agindo sistematicamente. A nossa preocupação é que hoje os casos da doença estão mais graves e muitos focos do mosquito estão nas residências. Portanto, essa luta contra o Aedes aegypti é de todos nós", alerta o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto.
Além dessas medidas, o alerta é para que a população adote os cuidados evitando acúmulo de água parada, lixo e entulhos nos quintais, limpeza de terrenos e de caixas d´água. "Qualquer recipiente com água parada pode se transformar num criadouro. O fumacê mata o mosquito que está voando", diz Ivana Belmonte, médica veterinária da Vigilância Ambiental, da secretaria de Saúde do Paraná.
Números
Os dados divulgados nesta terça-feira mostram o crescimento de 226 casos autóctones confirmados no Paraná. Na semana passada a incidência no estado era de 8,03 casos autóctones por 100 mil habitantes e nesta semana são 10,5 para cada 100 mil habitantes. Eram 896 casos na semana passada e hoje são 1.122 casos, todos contraídos nos próprios municípios de residência. Se forem acrescentados os casos importados, de pessoas que foram contaminadas fora do município de origem, o total é de 1.197 casos de dengue no Paraná.
Na semana passada 108 municípios apresentavam casos confirmados da doença e nesta semana são 116. O número de municípios com notificações passou de 290 para 299.
Lupionópolis, Uraí, Itambé e Santa Mariana são considerados municípios em epidemia e Moreira Sales, Rancho Alegre, Santo Antônio do Paraíso, Abatiá, Capanema e Nova Londrina estão em alerta.