A Secretaria estadual da Saúde divulgou nesta segunda-feira (20) os dados atualizados da dengue no Paraná. De acordo com o novo boletim, apenas seis municípios apresentam incidência epidêmica no Estado - Santa Inês, Santo Antônio do Caiuá, Tamboara, Douradina, Icaraíma e Francisco Alves.
Desde agosto de 2012 foram registrados 40.688 casos de dengue em todo o Estado, sendo que 93% dos casos estão concentrados nos 117 municípios que atingiram incidência superior a 300 casos por 100 mil habitantes. Desde o último boletim, são 5.832 casos a mais, a maioria referente ao mês de abril.
A cidade de Paranavaí foi o que registrou o maior número de casos (10.327). Após alcançar incidência epidêmica, o município passou a aplicar o critério clínico-epidemiológico, onde o médico notifica e confirma o caso de dengue sem a necessidade de confirmação laboratorial.
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A Secretaria da Saúde vai orientar os municípios que tiveram queda no número de casos a adotar novamente a confirmação laboratorial. "Com isso teremos um panorama real da situação da doença no Estado, já que menos da metade dos casos notificados como suspeitos de dengue são realmente confirmados", explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
A dengue é uma doença que se manifesta por meio de sintomas comuns, como febre, dor no corpo e mal-estar geral. Por isso, a confirmação laboratorial evita que pessoas com gripe, por exemplo, sejam tratadas como pacientes com dengue.
MORTES - O boletim desta segunda-feira (20) também informa que 72% das mortes por dengue no Paraná são de idosos. Desde agosto do ano passado, 14 pessoas morreram por dengue no Estado. Desses pacientes, 10 tinham mais de 60 anos. O número já leva em conta um novo óbito confirmado neste último informe.
Para o médico da Secretaria da Saúde Enéas Cordeiro, a maior letalidade entre idosos pode estar ligada à procura tardia de atendimento médico após os primeiros sintomas de dengue. "A evolução do quadro clínico do paciente varia de acordo com cada pessoa. Contudo, com os idosos é preciso ter um cuidado maior porque a saúde deles poder estar debilitada e o diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento", explicou.
O alerta também se deve à perda gradativa de autonomia, comum nessa faixa etária. "Qualquer queixa do idoso deve ser levada a sério. Em caso de suspeita de dengue ou outra doença, a pessoa deve ser encaminhada imediatamente a um serviço de saúde para uma avaliação mais detalhada", disse o médico.
Outro fator comum entre a maioria dos óbitos no Paraná é a existência de comorbidade, ou seja, a presença de outra doença que pode ter contribuído para o agravamento do quadro clínico do paciente.
Este é o caso da última morte confirmada no Estado. O paciente tinha 67 anos e fazia tratamento devido a problemas cardíacos. Morador de Jussara, na região Noroeste do Estado, ele demorou três dias para procurar atendimento médico.
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