De acordo com uma pesquisa realizada nos EUA e na Suécia, filhos de pais mais velhos têm maior risco de desenvolver doenças como o autismo, bipolaridade, esquizofrenia, transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), comportamento suicida e até maior propensão para o uso de drogas.
A resposta para as alterações biológicas estariam nas mutações sofridas pelos espermatozoides ao logo do tempo.
A pesquisa abrangeu uma população de 2,6 milhões de pessoas e é uma das maiores sobre o assunto. Além de fatores biológicos, foram sondados fatores externos, como a educação dada pelos pais quando as alterações de comportamento foram identificadas nos filhos.
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Comparando filhos de pais de 45 anos aos filhos de pais de 24 foi possível identificar alguns fatores que comprovaram a teoria:
• A possibilidade de desenvolver transtorno bipolar aumentou 25 vezes;
• O risco de desenvolver autismo triplicou;
• O risco de desordem psicopática dobrou;
• A possibilidade de desenvolver TDAH aumentou 13 vezes;
• O risco de desenvolver comportamento suicida ou problemas com entorpecentes aumentou 2,5 vezes;
• O desempenho escolar era mais baixo;
Apesar de os números assustarem por sua alta variação, segundo os cientistas, a aplicação real desses riscos foi muito baixa, atingindo apenas uma pequena parcela dessas pessoas.
Espermatozoide
Ao longo de sua vida, o homem gera espermatozoides de acordo com seu mecanismo de produção: quanto mais velho o mecanismo, maiores as falhas.
No entanto, para o professor do Instituto de Psiquiatria do Reino Unido, James McCabe, não há porque decidir quando se ter filhos baseando-se apenas em um estudo, principalmente levando em conta o fato de que a aplicação dessa teoria se dá em uma parcela muito reduzida da população estudada.
Ainda de acordo com McCabe, é provável que as condições emocionais mais sólidas oferecidas por pais mais velhos, como relações mais estabilizadas e segurança financeira, compensem o risco biológico.
(Com informações da BBC Brasil)