Um cartaz colocado sob a fachada da Santa Casa de Uraí (26 km a oeste de Cornélio Procópio) denuncia a situação vivenciada há pelo menos dois meses pelos 30 funcionários do hospital. Eles deflagaram greve perto das 7h desta sexta-feira (9) por tempo indeterminado pelo atraso no pagamento dos salários de outubro, novembro e a primeira parcela do 13º. Apenas casos de urgência e emergência continuam sendo atendidos por uma escala reduzida de servidores.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde de Cornélio Procópio e Região, Reginaldo Ristau, o montante que ainda não foi repassado ultrapassa R$ 100 mil. Em casos mais leves, a população está sendo orientada a procurar o atendimento do posto de saúde do município. Apesar da paralisação, nenhum paciente grave estava internado na Santa Casa nesta sexta-feira.
Os funcionários que cruzaram os braços atuam em diversos setores da unidade, como limpeza, alimentação, enfermagem e lavanderia. Segundo o sindicato, o dinheiro pagar os salários provém de uma intervenção municipal que venceu em outubro deste ano. No mesmo mês, a Santa Casa fechou as portas pela ausência do repasse. A reabertura só ocorreu após intensa pressão popular, que contou até com uma "procissão" pelas ruas da cidade. Moradores até chegaram a carregar um caixão com a faixa "luto pela saúde de Uraí".
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O hospital ficou quatro dias sem nenhum mantenedor. De acordo com o sindicato, a prefeitura optou em decretar uma nova intervenção após a negativa recebida pela irmandade que custeava os serviços até 2014. A reportagem tenta contato com o prefeito de Uraí, Sérgio Henrique Pitão.