A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou o boletim atualizado sobre a situação da dengue em Londrina. Subiu para 531 o número de casos positivos da doença, 83 a mais do que na semana anterior, que computou 448. Os dados foram divulgados em coletiva de imprensa, concedida pelo titular da pasta, Felippe Machado, na tarde desta quinta-feira (28).
No total foram 3.806 notificações relacionadas à doença, do início do ano até o momento. Destas, 1.304 foram descartadas e outras 1.971 seguem em andamento, aguardando o resultado de exames laboratoriais. A região sul continua sendo a mais crítica, com 373 confirmações, seguida pelo centro, com 59; norte, com 38; oeste, com 37; leste, com 20; e rural com quatro.
Dos 531 casos positivos, estão incluídos os dois óbitos registrados em decorrência da doença e cinco casos foram classificados como graves. Os números confirmam que Londrina continua em risco de uma epidemia da doença, que ocorre quando o município alcança cerca de 300 casos positivos para cada 100 mil habitantes.
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O secretário Felippe Machado explicou que na última semana houve redução do número de casos notificados de suspeita de dengue, o que é visto como um bom sinal pelos técnicos. "Isso demonstra que o pico maior, em relação aos casos confirmados e notificados, já passou. Contudo, ainda temos pela frente de sete a oito semanas de circulação viral, então não podemos descuidar", disse.
Machado informou que a aplicação de veneno com veículos de fumacê, que objetiva matar o mosquito em fase adulta, continua sendo realizada em todas as regiões da cidade. "Temos 12 caminhões circulando pela cidade, os quais já fizeram, em alguns bairros, nove ciclos de aplicações. Solicitamos que a população da zona sul, a mais afetada, nos ajude neste combate, pois os agentes de endemias continuam encontrando focos do Aedes nas residências. Não adianta fazermos todo este trabalho, se não houver, por parte do cidadão, o apoio e a colaboração para evitarmos uma epidemia de dengue na cidade", enfatizou.
Os agentes de endemias também prosseguem com as vistorias nas residências, em todas as regiões da cidade. "Estamos fazendo notificações, quando necessário, no sentido de alertar os moradores e empresas de que há necessidade de correções. Não havendo mudanças, é aberto um processo administrativo sanitário, pela Diretoria de Vigilância, que pode culminar em multa, dentre outras sanções", advertiu o secretário.
Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, Sônia Fernandes, sete pessoas estão internadas neste momento, em decorrência da dengue, sendo três crianças. "Semana passada eram 11, mas as pessoas que estão internadas hoje não são as mesmas da semana passada", informou. Ela explicou ainda que a dengue não possui um tratamento específico. "Todo o tratamento decorre da reposição de líquidos, pois este é um grande problema, bem como o acompanhamento do número de plaquetas, para saber se o indivíduo não vai ter sangramentos", completou.
Sintomas
A orientação da SMS é que nos primeiros sintomas da doença, a pessoa se dirija às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), para que o diagnóstico inicial e a notificação sejam feitos. Os hospitais ficam na retaguarda, recebendo os casos que exigem maior atenção e internação clínica. Os principais sintomas da dengue são febre alta, dores articulares, musculares e de cabeça, manchas avermelhadas na pele e indisposição.