A partir de 2018 o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a distribuir para crianças com diabete tipo 1 a insulina análoga, medicamento que pode reduzir o risco de complicações da doença. A expectativa é de que 100 mil crianças passem a usar o medicamento, hoje obtido por meio de decisões na Justiça.
A insulina análoga é preparada a partir da biotecnologia. De acordo com o Ministério da Saúde, ela permite maior controle dos níveis de açúcar, uma vez que sua ação é imediata.
O novo medicamento também tem uma aplicação mais fácil. Em vez das seringas, é usada uma caneta, que permite o reúso. "Ela traz maior conforto", afirma o diretor do departamento de assistência farmacêutica, Renato Alves Teixeira.
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O valor investido é de R$ 135 milhões anuais. O produto será ofertado prioritariamente a crianças e adolescentes. Mas a previsão é de que o produto seja usado também para adultos.
O processo de licitação para a compra já começou a ser realizado. Ele prevê doses suficientes para atender 250 mil pessoas, por um ano. "Toda a demanda de crianças e adolescentes será atendida", disse Teixeira.
Além do novo medicamento, a previsão é de que no próximo ano o Ministério da Saúde passe a comprar canetas para aplicação de insulina regular. A previsão é de que a licitação seja feita no primeiro trimestre e a entrega, no segundo semestre.
A insulina regular é distribuída de forma gratuita nas unidades do Farmácia Popular. Como o jornal O Estado de S. Paulo adiantou, no entanto, tal distribuição poderá ser suspensa, caso não haja uma redução dos preços pagos pelo Ministério da Saúde.
Para abastecer unidades básicas de saúde, a pasta desembolsa o equivalente a R$ 10. No caso da Farmácia Popular, o ministério faz o reembolso, no valor de R$ 27. "Se não houver entendimento com as farmácias, ela passará a ser distribuída na rede própria, como outros medicamentos", afirmou.