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A partir de 2018

Tecpar vai produzir medicamentos para fornecer ao Ministério da Saúde

Redação Bonde com AEN
23 out 2016 às 16:20

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- Arquivo ANPr
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O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) vai produzir em Maringá (região Norte do estado), a partir de 2018, medicamentos biológicos e hemoderivados cuja demanda anual pelo Ministério da Saúde é de R$ 2,6 bilhões. O ministério elegeu o Tecpar, junto com outros laboratórios públicos brasileiros, para ser o fornecedor de 14 produtos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (19) que vai investir R$ 6,4 bilhões para incentivar a produção nacional de medicamentos, insumos e tecnologias em saúde - a maior parte será destinada à produção de medicamentos.

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Parte destes recursos irá para a construção de três fábricas para atender a demanda de medicamentos biológicos mais complexos e que respondem por 51% do orçamento de medicamentos do Ministério da Saúde.

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As três novas fábricas serão construídas no Tecpar, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e no Instituto Butantan, que se tornarão fornecedores exclusivos dos medicamentos biológicos Adalimumabe, Bevacizumabe, Infliximabe, Rituximabe, Somatropina, Trastuzumabe e Etanercepte. Esses produtos são usados para o tratamento de câncer, artrite e outras doenças crônicas. O Ministério da Saúde compra, por ano, R$ 1,6 bilhão destes produtos.

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O formato de parceria para a transferência de tecnologia dos medicamentos faz parte da política do Governo Federal chamada Complexo Econômico Industrial da Saúde (Ceis), que criou a Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), mecanismo utilizado pelo Ministério da Saúde para que laboratórios públicos produzam no País, em parceria com empresas privadas, medicamentos hoje importados.


HEMODERIVADOS - Já para os hemoderivados, o Tecpar, a Hemobras e o Butantan firmaram uma parceria para fornecer, as três instituições, sete produtos, entre eles plasma de vírus inativado, fatores de coagulação, imunoglobulina e albumina. Os hemoderivados são utilizados no tratamento de distúrbios de coagulação e imunodeficiências, como a Aids e a hemofilia, por exemplo. A demanda por esses produtos traz um custo anual de aproximadamente R$ 1 bilhão para o ministério.

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O diretor-presidente do Tecpar, Júlio Felix, explica que o Ministério da Saúde ainda não definiu o percentual que cada laboratório vai produzir dos medicamentos elencados na atual lista de prioridades do SUS.


"Vamos produzir uma parte da demanda do Ministério da Saúde em medicamentos biológicos e hemoderivados em Maringá, a partir de 2018, quando expiram as patentes desses produtos. Até lá, a nossa estratégia é elaborar contratos, projetos e licitações", salienta.

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A produção desses medicamentos biológicos e hemoderivados pelo Tecpar deve gerar 370 empregos diretos e qualificados no Paraná, além de envolver cerca de 20 doutores especializados em pesquisas para auxiliar o desenvolvimento dos produtos.


Felix ressalta ainda que a chegada desses investimentos ao Tecpar vai revolucionar o instituto. "Para o Paraná, esses recursos vão se transformar em investimentos, empregos e melhor distribuição de renda no Estado. Já para o Tecpar, significa a consolidação do instituto como centro de Pesquisa e Desenvolvimento e como produtor de medicamentos de alto valor agregado", analisa o diretor-presidente. Ele acrescenta que, além disso, o investimento reforça a independência do Tecpar como empresa pública paranaense.

Ainda não foram definidas pelo Ministério da Saúde quais as empresas privadas parceiras na produção e transferência de tecnologia de cada um dos novos produtos que o Tecpar será o fornecedor.


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