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Tontura e enjoo durante as viagens podem ser sinais de cinetose

Redação Bonde com assessoria
19 dez 2013 às 17:50

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Férias, malas prontas e pé na estrada. Este ritual de final de ano, sinônimo de prazer para muitas pessoas, pode ser um tormento para quem sofre de cinetose. Conhecida também como o "mal do movimento", a cinetose é uma disfunção do sistema vestibular (conjunto de órgãos do ouvido e cérebro responsável pela manutenção do equilíbrio), que se manifesta quando o corpo está parado e o entorno está em movimento ou o inverso, como em viagens de carro, ônibus, barco ou avião. O conflito de informações entre o labirinto, que sente o movimento, e a visão, que acredita que o corpo está inerte, causa náuseas, vômitos, sudorese, palidez e desconforto físico.

Para amenizar o mal-estar durante as viagens, o otorrinolaringologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Eduardo Bogaz, explica abaixo como reconhecer os sintomas, qual é o tratamento indicado para a disfunção do sistema vestibular e as medidas paliativas adotadas por quem sofre de cinetose.

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Os sintomas da cinetose aparecem ainda na primeira década de vida. Além do mal-estar sentido durante as viagens, é comum a criança ter vertigem paroxística da infância (crise rápida de vertigem que acomete crianças saudáveis) e enxaqueca, como distúrbios associados. "Se não tratada, a disfunção do sistema vestibular pode acompanhar a pessoa por toda a vida", explica.

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Embora haja uma alta incidência de casos, a cinetose é, raramente, tratada. "A reabilitação vestibular é feita por meio do treinamento com realidade virtual e conta com o acompanhamento de um fonoaudiólogo. Porém, infelizmente, ainda são poucos os pacientes que recebem o diagnóstico e procuram pelo tratamento. O mais comum é, ao longo da vida, a pessoa se acostumar com a condição e se adaptar", revela.

Entre as medidas paliativas adotadas por quem sofre de cinetose, estão a ingestão de medicamento antiemético (para prevenir a tontura e a náusea), antes da viagem, sob prescrição médica, evitar olhar objetos ou situações em movimento, como a paisagem na estrada, e ventilar o local, abrindo as janelas do carro, por exemplo. "Essas ações auxiliam a prevenir a crise, mas não tratam o problema. O labirinto de quem tem este tipo de disfunção do sistema vestibular é mais sensível e, dependendo dos hábitos de vida e condições de saúde da pessoa, pode vir a desenvolver alguma labirintopatia no futuro, como a labirintite", alerta


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