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Estudo em Londrina

Trabalho barulhento pode causar perda auditiva

Redação Bonde com assessoria de imprensa
22 abr 2013 às 15:16

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- Divulgação
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Dia 24 de Abril, próxima quarta-feira, é Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído, uma campanha mundial que no Brasil tem apoio da Academia Brasileira de Audiologia. A data também é propícia para divulgação dos resultados da pesquisa das professoras Caroline Meneses e Luciana Marchiori, do curso de Fonoaudiologia da Unopar. Um estudo feito por elas em quase 500 idosos de Londrina e região mostrou que existe uma estreita relação entre o desempenho de tarefas e trabalhos ruidosos e a perda da audição na terceira idade.

"Os idosos que tiveram uma história de ocupação ruidosa tinham mais dificuldade de percepção de sons agudos do que os outros. Ficou comprovado que trabalhar em ambientes ruidosos pode ser fator de risco para perda auditiva na terceira idade", explica a professora Luciana.

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Profissionais que trabalham muito tempo no trânsito, na indústria, aeroportos, marcenarias, serralherias, músicos, são expostos a níveis de ruído que, ao longo do tempo, podem acarretar perda auditiva.

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Para essas pessoas, a dica das professoras é procurar ajuda para medir o ruído no local de trabalho e se necessário, usar equipamentos de proteção individual, os EPIs. "Os indivíduos estão vivendo cada vez mais e isso certamente é um grande incentivo para cuidarmos mais da audição", diz ela.

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O ruído ocupacional, que é aquele produzido pelo trabalho, se torna mais prejudicial quanto mais intenso e contínuo ele é. Estudos mostram que o ser humano pode ficar exposto a uma frequência de até 85 decibéis durante 8 horas por dia. Um volume maior do que esse pode causar problemas.


Ao contrário do que muita gente pensa, envelhecer não significa necessariamente perder a audição. "No entanto, estamos percebendo que as pessoas estão perdendo a audição cada vez mais cedo", alerta Luciana.

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Além do ruído no trabalho a própria sociedade está cada vez mais barulhenta. "Por causa do barulho do trânsito, a gente aumenta o volume do som no carro e também aumenta o volume da voz para conversar", indica Luciana. Ela aponta que o ruído não causa só problemas auditivos, como zumbido e perda da audição, mas também gera efeitos como náusea, irritabilidade, dor de cabeça, sintomas gastrointestinais, hipertensão arterial e sudorese.


A tecnologia também tem sua parcela de culpa: "Alguns equipamentos de MP3 e MP4 chegam a 200 decibéis e usar fones levando o som diretamente ao canal auditivo só piora a situação", alerta a professora Caroline. A dica para não prejudicar a audição é não ultrapassar a metade do marcador de volume ou perguntar à pessoa próxima se ela está conseguindo ouvir o som do fone. "Muita gente confunde qualidade com volume mas são coisas completamente distintas", diz Luciana.

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Os primeiros sinais da perda auditiva são dificuldade para perceber sons como o canto dos pássaros, o ruído do vento, o barulho da água. "Vale lembrar que a audição é fundamental para a comunicação e também para a segurança das pessoas. Idosos com perda auditiva relacionada à ocupação ruidosa vão ter menor sensibilidade para sons agudos como ambulância, toque de telefone, buzina, campainha e até mesmo alguns sons da fala", explica Caroline.


As professoras frisam a importância da prevenção alertando que a perda auditiva é irreversível. "No entanto, se a pessoa deixa de se expor ao ruído, a perda auditiva também estaciona", garante Caroline.

O trabalho Perda de Audição em Idosos: História de exposição à ocupação ruidosa foi tese da dissertação de mestrado da professora Caroline, com orientação da professora Luciana.


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