As Alas de Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica, Neonatal e Cardíaca do Complexo de Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) passaram por fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) e foram consideradas em adequado funcionamento. Em junho de 2016, o CRM-PR havia homologado Indicativo de Interdição Ética com relação a esses setores.
A medida do Conselho foi tomada devido a dificuldades como falta de insumos, equipamentos e profissionais de enfermagem. O ato não suspendeu o funcionamento das unidades que continuaram atuando com a capacidade de leitos que possuíam. Foi constituída uma força-tarefa visando ao encaminhamento das soluções para as situações apontadas pelo CRM-PR. Assim, o CHC passou a trabalhar na melhoria das condições operacionais dessas unidades pelos 180 dias seguintes.
Após o prazo concedido, a fiscalização do Conselho retornou ao maior hospital público do Paraná e detectou que foram corrigidas as irregularidades apontadas, retirando, então, o Indicativo de Interdição Ética imposto.
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De acordo com o Presidente do CRM-PR, Wilmar Mendonça Guimarães, o Conselho tem a atribuição legal de garantir que o exercício médico esteja dentro dos padrões éticos e que ateste segurança para os usuários. "A fiscalização havia detectado, naquela ocasião, algumas situações que careciam ajustes. O Indicativo de Interdição Ética é um dos artifícios dispostos na legislação para que se oriente a correção de eventuais irregularidades que possam comprometer a assistência médica, como uma forma de proteger a sociedade e o exercício ético da medicina. Após o prazo indicado, o Conselho detectou que as irregularidades foram corrigidas e retirou a medida", explica.
A superintendente do Complexo Hospital de Clínicas, Claudete Reggiani, conta que, durante esse prazo dado para a adequação das unidades, foram contratados mais servidores, entre técnicos administrativos, enfermeiros e fisioterapeutas, pessoal necessário para garantir o bom funcionamento dos locais. "A próxima ação do CHC é aumentar o número de leitos disponíveis na UTI Adulta. Hoje estamos funcionando com 26 leitos e pretendemos passar para 30. Já temos o número de funcionários necessários e estamos fazendo o processo de padronização para que isso aconteça. Além disso, vamos continuar melhorando a questão de insumos, dando condições adequadas para os nossos funcionários e pacientes", relata a superintendente.
Segundo o gerente de ensino e pesquisa do CHC, Rosires Pereira de Andrade, a atual gestão já está estudando e identificando os problemas existentes no hospital. "É claro que existem problemas, como existem em diversas áreas, porém estamos empenhando todos os esforços possíveis para melhorar a situação. Estamos com boa vontade para fazer as coisas se desenvolverem e, a cada dia, sentimo-nos mais otimistas", conta.