A criação de uma vacina anticoncepcional voltada para o público masculino foi anunciada por pesquisadores indianos. De acordo com a equipe médica responsável pelo estudo, o método, que é o primeiro injetável voltado aos homens, consiste na aplicação de um medicamento na região dos testículos. Os profissionais afirmam que a eficácia comprovada da vacina é de 97% e o efeito pode durar até 13 anos.
Em comparação com outros métodos contraceptivos, os pesquisadores avaliam que a eficácia é satisfatória: a camisinha, por exemplo, oferece proteção contra a gravidez de 98%.
A RISUG, nome dado à vacina, passou por testes clínicos, que foram enviados ao Controlador Geral de Remédios Indianos, órgão que atual no país de forma semelhante à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil).
Leia mais:
Nísia Trindade descumpre promessa de disponibilizar medicamentos de câncer de mama no SUS
Estudo mostra correlação entre perda de músculo e maior risco de demência
Novos planos de saúde poderão ser cancelados com duas mensalidades atrasadas
Saúde confirma morte de homem em decorrência da dengue em Cambé
Em entrevista ao site Hindustan Times, R. S. Sharma, membro do Conselho Indiano de Pesquisa Médica, afirmou que o produto, apesar de pronto, possui algumas pendências regulatórias, as quais devem ser solucionadas em breve. Ele aponta que a aprovação ou rejeição do remédio deve ocorrer em, no máximo, sete meses. Mesmo assim, não existem previsões para a comercialização do anticoncepcional masculino.
RISUG - A vacina funciona da seguinte maneira: o medicamento é aplicado no ducto deferente dos homens, local onde os espermatozoides são transportados. De acordo com os pesquisadores, o medicamento possui um material sintético que é capaz de bloquear o esperma, o que impede a ejaculação.
Para a aplicação da vacina é utilizada somente uma anestesia local. Os pesquisadores afirmam que o processo pode ser revertido a qualquer momento com a aplicação de um medicamento que consegue reverter o bloqueio causado pela primeira vacina.
Os profissionais testaram o anticoncepcional em 300 homens e poucos efeitos colaterais foram registrados.