Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Atesta Fiocruz

Vacina de Oxford é eficaz contra variante brasileira de Covid-19, segundo Fiocruz

Júlia Barbon - Folhapress
21 mar 2021 às 16:05
- iStock
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou um comunicado na sexta-feira (19) atestando que a vacina da AstraZeneca/Oxford protege contra a variante brasileira do novo coronavírus. A conclusão é de uma pesquisa que ainda não foi revisada por outros cientistas nem publicada em revista, mas está disponível online.


O estudo, que teve a colaboração de pesquisadores da Fiocruz Amazônia e do laboratório de vírus respiratórios do Ioc (Instituto Oswaldo Cruz), mostrou que a cepa identificada em janeiro em Manaus (P.1) reage ao imunizante de forma idêntica à cepa britânica (B.1.1.17).

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Os pesquisadores avaliaram a capacidade da variante do Amazonas de "escapar" de diferentes tipos de anticorpos: os induzidos por vacinas, os gerados por quem já teve a infecção e os chamados anticorpos monoclonais, que são um tipo de remédio biológico.

Leia mais:

Imagem de destaque
Entenda

Veto a procedimento de aborto legal já afeta atendimentos a meninas estupradas

Imagem de destaque
Recorde de mortes em um ano

Brasil tem média de 11 mortes por dia por dengue em 2024

Imagem de destaque
Entenda

Com envelhecimento da população, casos de câncer de próstata devem dobrar até 2040, diz estudo

Imagem de destaque
Saiba mais

Entenda como é o mecanismo de agravamento e morte por dengue


Para isso, eles coletaram amostras de soro de 25 pessoas que receberam a dose de Oxford e de outras 25 que receberam a dose da Pfizer. O resultado foi que a P.1 não comprometeu o efeito dos imunizantes, apesar de se verificar uma pequena perda de neutralização do vírus na comparação com as cepas mais comuns.

Publicidade


A Fiocruz credita essas informações à médica carioca Sue Ann Costa Clemens, coordenadora dos centros de pesquisa da vacina de Oxford no Brasil e diretora do Instituto para a Saúde Global da Universidade de Siena (Itália).


Segundo ela, os pesquisadores esperavam que a variante brasileira se comportasse como a sul-africana, mas não foi o que aconteceu. "Testes indicaram que ela tem comportamento semelhante à britânica, em que há, sim, impacto na neutralização [do vírus]", afirmou à fundação.

Publicidade


No mês passado, a Universidade de Oxford já havia anunciado que a vacina da AstraZeneca é eficaz contra a mutação britânica, evitando mais de 70% dos casos leves e 100% dos casos graves e hospitalizações. A efetividade caiu pouco se comparada às cepas mais comuns, de 80% para 75%, de acordo com a pesquisadora.


Sobre a variante brasileira, porém, ainda não se tem esse número exato. "Temos que esperar os estudos de efetividade aqui, mas acreditamos que vá ser um índice parecido para a P.1. É um resultado muito positivo", declarou.

Publicidade


O outro imunizante disponível no Brasil, Coronavac, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac, também já mostrou proteger contra a cepa de Manaus e outras duas que circulam no país, segundo pesquisa preliminar realizada por cientistas do Instituto Butantan e da USP.


Foram analisadas amostras de 35 participantes vacinados, divulgou o instituto no último dia 10. O estudo completo vai incluir um número maior de amostras que já estão em análise, e os resultados serão divulgados posteriormente.

Publicidade


Os testes consistem em pegar uma amostra do soro das pessoas vacinadas, por meio de exame de sangue, e colocá-la em um cultivo de células infectadas com os vírus. Depois, observar se os anticorpos gerados em decorrência da vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse cultivo.


O Instituto Butantan entregou 24,6 milhões de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde até o momento. Esse número deve chegar a 46 milhões em abril e a 100 milhões em agosto.

Já a Fiocruz começou a enviar seus primeiros lotes envasados no Brasil na quarta (17), somando 5 milhões de doses, se consideradas as vacinas importadas. A ideia é que a quantia chegue a 112 milhões até julho, e que no segundo semestre a fundação passe entregar imunizantes feitos com seu próprio insumo.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade